sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Capital social e marca digital - As empresas já estão na blogosfera, com ou sem estratégia para tanto

A explosão das comunidades online e dos sites de conteúdo colaborativo em todo o mundo, com papel de destaque para o Brasil (conforme matéria inclusive no Wall Street Journal) chamou a atenção de publicitários e profissionais de marketing e mídia para as redes sociais. A maneira pela qual as pessoas interagem e formam opiniões sobre diversos assuntos (política, vida social, acontecimentos diversos, produtos e serviços) é objeto de estudo da sociologia desde o final do século XIX. A novidade dos últimos anos é a digitalização destes relacionamentos, objeto de discussões variadas desde o início da década de 90, quando Howard Rheingold publicou “A comunidade virtual”, no qual explorava suas experiências em redes BBS dos anos 80.

A digitalização das redes sociais apresenta uma enorme oportunidade para as empresas atuarem de maneira estratégica sobre uma das poucas áreas da comunicação que ainda estava fora do alcance das metodologias de marketing: a comunicação boca-a-boca.

Segundo o mais recente estudo “O Estado da Blogosfera”, divulgado pelo Technorati, as empresas já estão presentes na Blogosfera, independente de possuírem ou não uma estratégia para tanto. De acordo com a pesquisa, quatro em cada cinco blogueiros já escreveram sobre marcas, músicas, filmes, livros e produtos (que eles amam ou odeiam), sendo que 37% deles fazem isso frequentemente. Outros 30% relataram ter sido procurados por entusiastas das marcas sobre as quais escreveram.

No Brasil, cerca de 18,5 milhões de pessoas navegaram em sites de comunidades em maio. Se somarmos os que visitaram fotologs, videologs e mensageiros instantâneos, o número atinge 20,6 milhões de pessoas, cerca de 90% do total de usuários que utilizam mensalmente a web em seus domicílios, de acordo com a última edição do Giro IBOPE, boletim informativo do Grupo IBOPE. A mesma fonte destaca que em alguns setores específicos, o impacto das interações boca-a-boca pode ser 500 vezes maior que o da publicidade nos sites das marcas tradicionais.

Ou seja, não se trata mais de uma questão sobre se sua marca “deve” estar neste espaço. Ela já “está” lá. Seus consumidores (ou detratores) passaram a digitalizar opiniões e sentimentos sobre sua empresa. O mesmo estudo do Technorati indica que já existe um número significativo de blogueiros “profissionais” (12% corporativos), de olho nas receitas que podem ser geradas com a atividade (cerca de 53% dos blogueiros consultados pela empresa aceitam publicidade em seus sites).

Embora esses números devam ser olhados com cuidado (o levantamento do Technorati provavelmente atraiu um grupo de blogueiros mais experiente que a média, até porque o questionário foi feito em inglês), a questão é entender qual a melhor maneira de sua marca interagir com esta situação, ao invés de ignorá-la.

Baseadas no conceito de comunicação “broadcast”, no qual um fala para muitos, diversas marcas cometem um erro básico ao se aproximar das redes sociais digitalizadas: acreditam que estabelecer uma interlocução neste espaço é apenas falar sobre elas.

Vamos ser francos: nada mais chato em uma conversa do que alguém que não para de falar sobre si mesmo. Para evitar este risco, as marcas devem procurar seguir o exemplo das pessoas que são líderes de opinião em suas comunidades, algo tão ou mais importante do que tentar medir sua “influência” pela quantidade de vezes em que s&atild e;o citadas de forma positiva, como fazem alguns softwares disponíveis no mercado.

Um líder de opinião é alguém que possui um grande capital social, ou seja, a capacidade de influenciar as decisões dos outros. As primeiras evidências em trabalhos que estamos desenvolvendo no IBOPE Inteligência para setores tão variados como finanças, telecomunicações, automotivo e saúde mostram que no meio on-ine o processo de aparecimento e “desaparecimento” de líderes de opinião é muito mais rápido e instável que em outros meios. Ou seja, a circulação do capital social é diretamente proporcional a velocidade e amplitude das formas digitais de comunicação.

Compreender a maneira como estes líderes de opinião atuam e a dinâmica pela qual novos líderes aparecem é fundamental para estruturar a atuação da sua marca na Web 2.0. Eles significam um ponto de referência em relação a determinado assunto ou produto. A maneira como fazem isso deve ser apreendida pelas marcas. Como bem lembrou Abel Reis, em entrevista no blog Idéia 2.0, “em um espaço com pouca referência, marcas são pontos de estabilidade em comportamento, atitude e desejo.”

As redes sociais digitais e os seus formadores de opinião servem como um “filtro” para ajudar as pessoas a lidar com o Tsumani informativo que vivemos hoje. Os consumidores tendem a dedicar mais atenção às mensagens que circulam em suas redes sociais, posto que elas surgem de pessoas com valores similares. Sua marca está pronta para auxiliar neste processo?

Artigo publicado pelo executivo do IBOPE, Marcelo Coutinho, no site IDG Now, no dia 22 de setembro

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Digital Age 2.0 - Conferência discute o futuro da web 2.0


Acontecerá nos dias 1 e 2 de Outubro no WTC Hotel a Digital Age 2.0, conferência definitiva para quem deseja discutir e entender o futuro dos negócios tendo a internet como plataforma de relacionamento. A revolução provocada pela Web 2.0 torna obrigatória a revisão das práticas tradicionais de marketing e comunicação corporativa.


Inscrições e mais informações:
http://www.digitalage20.com.br/

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Mobile Marketing: mito ou realidade?


Mercado tem potencial maior ainda que o da internet, já que a base de celulares no Brasil já ultrapassa a casa dos 120 milhões de aparelhos

Há um tipo de pergunta que o mercado da comunicação e do marketing sempre se faz quando vê um produto ou serviço nascer com um horizonte altamente promissor. O que é mito e o que é realidade, no caso do mobile marketing? O que há de incontestável é realidade: estamos batendo aqui no Brasil em 120 milhões de aparelhos celulares. E isso por si só deveria ser argumento forte o suficiente para fazer crescer os olhos das agências e anunciantes sobre esse negócio. Ainda mais porque é instigante pensar que o celular é ao mesmo tempo um canal de massa e totalmente individual. Ou seja, você pode detonar uma campanha única para todos esses consumidores e medir a reação de cada usuário individualmente.

Em verdade, não dá para afirmar que existe publicidade de fato no mercado de mobile marketing. O chamado torpedo (SMS de texto) tem sido o recurso mais utilizado atualmente, mas as agências já começam a experimentar criações mais ousadas para esse meio. Até porque já há um contingente de celulares de última geração que aceita mais do que o simples texto. Além disso, a chegada da tecnologia de terceira geração (3G), o serviço de banda larga sem fio, vai possibilitar o envio e a recepção de diferentes tipos de conteúdo, desde o próprio texto até filmes inteiros.

A assinatura da autorização para exploração do serviço 3G foi feita no final do mês passado pela Anatel e prevê o funcionamento em mais de 3,8 mil municípios. O edital estabelece que ao fim de dois anos todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes devem contar com a tecnologia e, ao fim de quatro anos, será a vez dos municípios com mais de 200 mil habitantes.

Mais interativo


Sabemos que já há iniciativas mais avançadas que começam a pipocar, como a campanha que a Pontomobi desenvolveu em parceria com a Agência- Click para divulgar o novo Fiat Stilo Dualogic em seis Estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. Foram usados 21 pontos de bluetooth, nos quais as pessoas podiam baixar wallpaper do novo Stilo em seus celulares. Para Leonardo Xavier, diretor da Pontomobi, o mobile marketing permite o pensamento online muito mais interativo. “Em seis meses já lançamos 58 campanhas, para Fiat, Motorola, Bradesco...”, contabiliza Xavier.

Mesmo assim, ele, como outros executivos do setor, ainda considera o mercado incipiente. “Não sei falar em números. Infelizmente, ainda contabilizamos um atraso muito grande com relação à Europa e à Ásia”, diz Luis Fernando Novo, general manager da PlayPhone
Brasil. Para ele, as agências aprenderam a lição com a internet e não subestimarão essa nova mídia. “Acredito que o mobile marketing será o foco de diversas novas campanhas e atingirá quantias consideráveis em menos tempo do que qualquer outra mídia.” Xavier, por sua vez, lembra que no Japão já são mais usuários acessando internet no celular do que no computador pessoal, uma tendência que certamente vai se concretizar em todos os quatro cantos do planeta.

Isso envolve uma série de fatores e pode até ser mais lento do que as previsões. Mas, com certeza, no que depender das operadoras, não vai demorar. Afinal, é uma receita mais do que bem-vinda. O gerente de serviços de valor agregado da Claro, Alexandre Olivari, por exemplo, vê esse mercado com uma tendência de crescimento muito parecida com a internet. “Mas com um potencial maior. As pessoas podem sair de casa sem a carteira, mas não sem celular.” Aliás, num futuro não muito distante o celular será também a própria carteira.

Diálogo um a um

Essa intimidade que o aparelho celular tem com os consumidores faz o diretor de produtos e serviços da Vivo, Alexandre Fernandes, visualizar o diálogo um a um como uma das tendências mais fortes do mobile. “A internet não é pessoal”, avalia. Mas tudo isso não seria possível se não fosse uma única palavra, que pode ser “sinônimo” de celular: convergência. “Já há transposição da plataforma de internet, e-mail, agora a TV. A convergência será integral para o celular”, acentua Fernandes. Ou seja, qualquer conteúdo poderá ser distribuído para o celular, porque ele já recebe tudo: dados, som, vídeo.

Mas, com um mercado incipiente em termos de investimentos, o que pode ser considerado mito ainda é o modelo de negócios. Ninguém se arrisca muito a dizer para onde vai caminhar. Luis Fernando Novo acredita que o primeiro passo é conseguir alinhar toda a cadeia de valor (operadoras, agências, anunciantes) para regularizar as métricas e melhores práticas. “Só assim criaremos um sistema amigável para desenvolvimento dos negócios.” O modelo de negócios não está definido, porém na visão de Olivari, deverá ser como o da internet. “Veicula o banner e cobra do anunciante”, simplifica. Dessa opinião compartilha o manager da PlayPhone. “Acho que a maior parte das ações será paga 100% pelo anunciante.” Porém, considerando os altos índices de participação em campanhas promocionais, de sorteios e de leilões, dá para perceber que há uma parcela expressiva de público disposta a pagar pelo conteúdo.

Permissão


O fato é que as operadoras viraram mídia, porém têm de ter o cuidado de pedir a permissão de seus usuários para que essa cadeia se concretize. “Não mandamos nada que não seja permitido, além de respeitar horários e conteúdos. Não mandamos nada após as 21h, por exemplo”, garante Olivari, ao se referir a dois tipos básicos de comunicação, com entrega sem solicitação ou a pedido do usuário.

Outras grandes vantagens do mobile marketing são citadas de forma unânime por quem está envolvido nesse negócio. A primeira diz respeito ao que Luis Fernando Novo chama de LBS (Location Based Service), por ser um conceito até hoje impossível de ser explorado por outras mídias. Outras são os links patrocinados e o search. É que com a tecnologia GPS dá para saber onde se encontra o usuário e o momento em que ele faz a busca. Assim, o resultado pode ser não apenas o que ele está procurando, mas sim o que está mais próximo dele. Comodidade pura que certamente os usuários vão querer ter e que as muitas marcas vão querer patrocinar.

USO DO MOBILE É AMPLO

O mobile não é usado só para propaganda. Muitas ações já vêm sendo feitas no sentido de prestar serviços aos usuários. No caso do Fleury Medicina e Saúde, por exemplo, são feitos centenas de disparos ao mês que servem para manter os pacientes informados sobre o andamento de diversos serviços, como confirmações de datas e horários de exames e entrega de resultados. O marketing direto também se beneficia da ferramenta, como é o caso da campanha da Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, que tinha a finalidade de trazer novos alunos para a escola e focou um disparo em estudantes aprovados no vestibular do primeiro semestre de 2008, alunos com pendência em processos de reabertura ou transferência de matrículas e ex-alunos.

Fonte: Microsoft Advertising - Conexão MSN - Edição 36



MIXX (NY) + Advertising Week


Será realizado de 22 a 27 de Setembro de 2008 o MIXX NY, um dos mais importantes eventos mundiais destinados à comunicação digital. A Microsoft Advertising, empresa do grupo Microsoft responsável pelo gerenciamento de mídia de todos os produtos da empresa, apóia uma iniciativa do IAB Brasil, que levará a NY um grupo de importantes executivos do mercado anunciante para uma imersão no que existe de melhor no mercado de internet no mundo.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Empresa que não investir em segurança no trabalho pagará mais contribuição


A partir de setembro, a Previdência Social poderá aumentar ou diminuir as alíquotas de contribuição previdenciária das empresas enquadradas no Lucro Real ou no Lucro Presumido, conforme os percentuais de acidentes e o grau de risco aos quais expõem seus trabalhadores.

Isso, graças à introdução do FAP (Fator Acidentário de Prevenção) e do NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário), que irá mudar completamente a sistemática atual. Como se sabe, as empresas (com exceção daquelas optantes pelo Simples Nacional), hoje, recolhem 1%, 2% ou 3% de alíquota do RAT (Risco de Acidente de Trabalho).

Como o FAP irá funcionar

Com a mudança, as alíquotas do RAT serão reduzidas em até 50% ou aumentadas em até 100%, de acordo com a consultora especialista na área Trabalhista e Previdenciária do Cenofisco (Centro de Orientação Fiscal), Rosânia de Lima Costa.

O que determinará isso será o coeficiente do FAP, para o qual a Previdência vai levar em consideração a quantidade de afastamentos de funcionários daquela empresa, a gravidade de cada afastamento, a freqüência e o quanto eles representaram em termos de custo para o governo.

A ressalva é que a alíquota será definida por CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Assim, não adianta uma empresa melhorar a qualidade de vida e o nível de segurança de seus trabalhadores, se as empresas de seu mesmo grupo de atividade não fizer o mesmo. Rosânia finaliza lembrando que o recolhimento será realizado apenas a partir de janeiro de 2009 e será mensal.

Por: Karin Sato
InfoMoney

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Cuidado! Demitir pessoal da TI pode sair caro

Pesquisa da Cyber-Ark Software mostra que mais de 80% dos funcionários de TI não pretende sair de mãos abanando. Eles vão levar seus arquivos!

Quando os funcionários da TI são dispensados, cuidado! Uma nova pesquisa por Cyber-Ark Software, um provedor de produtos de gerenciamento de identidade, demonstra que roubo de informação sensível por ex-funcionários está completamente fora de controle.

“Uma das maiores ameaças à segurança existe atrás de seu firewall. O resultado da pesquisa revela que 88% dos funcionários existentes usarão o conhecimento para levar os dados da companhia com eles, incluindo listas de senhas privilegiadas que dão acesso a centenas, mesmo milhares de arquivos de dados sensíveis”, disse Adam Bosnian, vice-presidente de produtos, estratégia e vendas da Cyber-Ark.

E é sábio lembrar que permitir que o seu funcionário saia com dignidade pode poupá-lo de alguma dor de cabeça mais tarde. “Se dispensados amanhã, eles levarão as informações sensíveis da companhia com eles. E as informações alvo incluem a senha do CEO, a base de dados de clientes, planos de pesquisa e desenvolvimento, relatórios financeiros e a maioria das senhas privilegiadas da companhia”, diz o relatório da Cyber-Ark. “Apenas 12% revelaram que eles planejariam deixar a companhia de mãos vazias”.

A pesquisa também mostrou que um terço da equipe de TI usa seus direitos privilegiados para administrar senhas e espiar arquivos confidenciais, incluindo dados pessoais e informações salariais, e-mails e planos de fusão e aquisição.

Ainda acha que seus arquivos estão seguros?


Créditos: Revista CIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Desafio na gestão de marcas é tema da sétima edição do Conarec

Nos próximos dias 3 e 4, a cidade de São Paulo será a sede da sétima edição do Conarec, o Congresso Nacional das Relações Empresa Cliente, realizado pela Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente (Abrarec), em parceria com o Grupo Padrão.

Com o tema O Desafio na Gestão e Criação de Marcas 2.0, o evento pretende reunir mais de duas mil pessoas, entre dirigentes, gestores e profissionais de empresas dos mais variados segmentos da indústria, para debater como é possível fidelizar e solidificar suas relações com os consumidores em tempos de convergência de mídias e de interatividade nas relações de consumo.

Estarão presentes profissionais de organizações como Nestlé, Habib's, Carrefour, Fiat, Banco Real, Uol, Vivo, Magazine Luiza, entre outros.

O Conarec será realizado no Hotel Transamérica, em São Paulo. Para mais informações sobre a programação do evento, clique aqui!

Fonte: Meio & Mensagem

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Você consegue explicar qual a estratégia da sua empresa?

Você consegue resumir a estratégia da sua empresa em poucas palavras? Caso sua resposta seja sim, seus colegas de trabalho fariam isso da mesma forma?

É sabido que poucos executivos conseguem, com sinceridade, responder de forma afirmativa perguntas simples como essa. E as empresas para as quais esse seleto grupo trabalha são, não por coincidência, bem-sucedidas nos segmentos que atuam.

Em oposição a isso, as empresas que não possuem uma definição clara e simples de suas estratégias estão fadadas a pertencer à categoria das companhias que falham na execução das estratégias ou, ainda pior, à categoria daquelas que nunca tiveram uma.

Em um número surpreendente de empresas, os executivos, funcionários da “linha de frente” e todos aqueles que atuam no meio desses dois extremos, são frustrados por conta da falta de uma estratégia clara para a empresa ou para as suas linhas de negócios. Os tipos de reclamações mais recorrentes nessas instituições incluem:
  • “Eu passo meses tentando iniciar um projeto novo e torná-lo bem-sucedido, mas, depois, ele é descartado, porque não se adere à estratégia da empresa. Por que ninguém me avisou no início?”;
  • “Não sei se devo ir atrás dessa oportunidade de mercado. Não sinto firmeza do alto-comando”;
  • “Por que estamos tentando ganhar esse cliente novamente? Nós perdemos (a concorrência) no ano passado e tinha entendido que não desperdiçaríamos nosso tempo tentando novamente!”;
  • “Devo reduzir o preço para este cliente? Não sei se é melhor ganhar esse contrato por um preço menor ou desistir dele”.

Os líderes das empresas não conseguem explicar por que aquilo que eles pensavam ser uma linda estratégia esculpida à mão nunca foi implementado. Eles partem do pressuposto de que as ações descritas na volumosa documentação do orçamento anual ou do planejamento estratégico garantirão o sucesso. Falham em não perceber a necessidade de possuir uma definição simples, clara e sucinta de uma estratégia que todos possam internalizar e utilizar como guia para tomar decisões.

Uma constatação triste: a maioria dos executivos não sabe, de fato, quais são os elementos que compõem uma definição de estratégia, o que os torna incapazes de desenvolver uma.

Com uma clara definição, no entanto, duas coisas ocorrem: primeiramente, a formulação dela torna-se infinitamente mais fácil, porque os executivos sabem o que eles estão tentando criar. Em segundo lugar, a implementação torna-se bem mais simples, porque a essência da estratégia pode ser prontamente comunicada e facilmente internalizada por todos na organização.

Por David J. Collis e Michael G. Rukstad
Fonte: Harvard Business Online

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

IBOPE Mídia lança 9ª edição da pesquisa Target Group Index

Evento de lançamento acontece nesta quinta-feira, dia 15 de maio, no IBOPE, em São Paulo

O IBOPE Mídia apresenta a seus clientes na quinta-feira, 15 de maio, as novidades da primeira onda do ano 9 do Target Group Index, um retrato do comportamento e de hábitos de consumo da população brasileira.


Ao completar nove anos de existência, o Target Group Index analisa quase 200 categorias de produtos junto a uma amostra de 18.816 indivíduos entre 12 a 64 anos, nas principais regiões metropolitanas de todo o Brasil, o que representa quase metade da população do país dentro da faixa etária pesquisada.

Nesta nona edição do Target Group Index, o IBOPE Mídia agregou novos dados à pesquisa e, a partir disso, ampliou as informações de grande relevância para a análise de mercado. Uma das novidades é a inclusão de perguntas sobre eventos marcantes na vida das pessoas, como casamento, nascimento do primeiro filho, ingresso na universidade, compra do primeiro automóvel, entre outras questões.

A aquisição do Target Group Index pode ser realizada mediante uma assinatura anual, que provê acesso ao software Choices 3, incluindo ferramentas de análises de correspondência e de cluster.

TARGET GROUP INDEX

O Target Group Index é um estudo "single source" sobre o consumo de produtos, serviços e mídia, estilo de vida e características sociodemográficas, presente em mais de 59 países. Desenvolvido na Inglaterra, em 1968, chegou ao Brasil em 1999 numa parceria entre a americana Kantar Media Research (KMR) e o IBOPE Mídia.

METODOLOGIA

Periodicidade de entrega dos dados: duas vezes ao ano.Amostra: 18.816 entrevistas.Cobertura: entrevistas realizadas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília e nos interiores de São Paulo e das regiões sul e sudeste.Universo Pesquisado: pessoas de ambos os sexos das classes AB, C e DE, com idades entre 12 e 64 anos.Representatividade: 45% da população brasileira. 62 milhões de pessoas.Ano 9 - Jul/2007 a Jul/2008 - consolidado - 18.816 entrevistas

Fonte: www.ibope.com.br


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

5 habilidades de TI que (não) vão aumentar seu salário

Tudo tem um fim. Conheça cinco habilidades em TI que sozinhas não geram melhores salários para o profissional.

Talvez habilidades técnicas nunca morram, mas áreas de especialização perdem importância à medida que a tecnologia avança. As empresas são obrigadas a evoluir, assim como a equipe de TI deve trocar o conhecimento de ontem pelo o de amanhã.

“Há menos necessidade de conhecimento sobre sistemas. Antigamente, o pessoal de TI precisava entender muito de memória e drivers, endereço e interrupção, mas hoje esse tipo de coisa é plug-and-chug até mesmo em muitos sistemas Unix”, diz Brian Jones, gerente de engenharia de rede da Universidade Estadual da Virgínia em Blacksburg.

“Sinto que todas as habilidades que acumulei ao longo do caminho são valiosas e ajudam a moldar meu pensamento e minha capacidade de diagnóstico. Não saberia valorizar ou desvalorizar estas habilidades. Elas simplesmente assumiram um novo valor agora”, garante.

Ainda que especialistas achem muito difícil decretar a morte de certas habilidades de TI, várias delas estão muito perto de serem coisa do passado a julgar pela remuneração associada.
Veja cinco habilidades de tecnologia que já não têm a mesma remuneração.

A boa e velha HTML

À medida que as empresas adotam tecnologias web 2.0 como AJAX, a demanda por habilidades em programação HTML vão para o segundo plano. De acordo com a Foote Partners, a remuneração por habilidades em tecnologia como Ajax e XML aumentou 12,5% nos últimos seis meses de 2007, enquanto os gerentes de TI dizem que não vêem demanda por tecnologias predecessoras como HTML. “Não estou vendo exigências de habilidades gerais de Web 1.0, programação HTML”, justifica Debbie Joy, arquiteta de soluções da CSC.

Linguagens de programação legadas

Competências em linguagens de programação como Cobol, Fortran, PowerBuilder e outras não têm a mesma valorização de antes nos Estados Unidos.

“Sem dúvida, aquele pessoal de Cobol que teve um ressurgimento com o bug do ano 2000 não está sendo tão requisitado”, diz John Estes, vice-presidente de alianças estratégicas da Robert Half Technology, consultoria em colocação de pessoal de TI. “Não há demanda por aplicativos como Delphi e PowerBuilder, que tinham muito peso nos anos 90.”


Uma pesquisa sobre força de trabalho e remuneração em TI conduzida pela Foote Partners apontou que a remuneração de habilidades não-certificadas em Cobol, PowerBuilder e Jini foi uma das mais baixas em 2007 nos Estados Unidos.

A pesquisa mostra não que as habilidades não estejam em uso atualmente, mas que as empresas não se mostram a pagar por elas, segundo David Foote, CEO da companhia. “Ainda há muito C e Cobol por aí, mas a remuneração é baixa”.

NetWare

A demanda por know-how em sistemas operacionais continua alta entre os gerentes responsáveis por contratações, mas o conhecimento especializado de sistema operacional de rede NetWare, da Novell, não está acompanhando outras tecnologias na mesma área. “Software de rede como o NetWare está muito distante do que já foi na década de 90”, afirma Estes. E Foote acrescenta que “competências em Windows Server e Linux estão substituindo habilidades em NetWare” em termos de demanda.

Rede não-IP

Habilidades em IP e internet superaram o expertise em rede não-IP, e o know-how em tecnologias como System Network Architecture (SNA) da IBM continua entre os mais mal-pagos.

“Habilidades em IP substituíram SNA para rede”, observa Foote. A pesquisa da Foote Partners revelou que habilidades em SNA representaram apenas 2% do salário base no quarto trimestre de 2007, enquanto as aptidões em segurança corresponderam a 17%.

“Habilidades de computação em mainframe, incluindo componentes de rede como SNA, não são mais exigidas em um ambiente de rede IP baseado em servidor”, explica Martin Webb, gerente de operações de rede de dados do Ministry of Labour and Citizens' Services de British Columbia, no Canadá.

Suporte técnico para PC

A Computer Technology Trade Association (CompTIA) atesta que a demanda por competências em hardware, incluindo expertise em impressoras e PCs, está em queda.

A CompTIA pesquisou 3.578 gerentes de contratação de TI para saber quais talentos ganhariam importância ao longo do tempo e descobriu que “a área de hardware é que deverá perder mais”.

A pesquisa da Foote Partners registrou um declínio de 11,1% em remuneração nos últimos seis meses de 2007 para habilidades em ITIL, que normalmente são usadas para otimizar os esforços de help desk e gerenciamento de serviços de TI.

Estes, da Robert Half Technology, conclui que a função técnica de “movimentação, adição e troca” (move, add and change – MAC) para PCs não é mais como antes.

Fonte: Netword World, EUA

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Crescimento brasileiro cria nova geração de milionário

Quando Fabio Calderaro era um cadete de 23 anos da academia militar em 2000, ele investiu pouco mais de 3 mil reais no mercado acionário.

No início, o valor de seu investimento caiu. Mas à medida que ganhou mais conhecimento sobre o mercado, sua sorte mudou - de tal forma que poucos anos depois deixou o Exército e começou a viver de seus ganhos.

Quando tinha 29 anos, Calderaro tinha muito mais que um milhão de reais graças às apostas em ações de metalúrgicas, mineradoras e bancos no momento em que a economia brasileira decolava após décadas de baixo crescimento. Desde então, sua fortuna aumentou, confirmando seu status de membro do clube brasileiro de novos ricos.

"Eu estava no lugar certo na hora certa", disse Calderaro, que hoje tem 31 anos e apresenta seminários sobre o mercado acionário quando não está gerenciando sua própria carteira. "Tudo isso foi possível por causa da economia.

"Graças ao rápido avanço das commodities e do crédito, o Brasil está crescendo e tirando milhões da condição de pobreza em um país mundialmente conhecido por sua desigualdade. No topo dessa onda, surfando em um mercado acionário que triplicou em quatro anos, existe uma porção de milionários como Calderaro sendo criados a um ritmo alucinante - pelo menos 23 mil no último ano.

Apenas Índia e China criaram milionários num ritmo mais rápido que o Brasil em 2007, segundo relatório do Merrill Lynch e Capgemini sobre a riqueza mundial. O número de brasileiros com mais de um milhão de dólares saltou 19,1 por cento no último ano, para mais de 143 mil, ante crescimento de 10 por cento em 2006.

O clube brasileiro dos bilionários também está crescendo em ritmo inédito. Segundo pesquisa da revista Exame, pelo menos 14 brasileiros se tornaram bilionários no último ano, quase cinco vezes mais que o crescimento de 2006.

Como Calderaro, muitos ganharam com a bolsa de valores, entrando na onda de ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês). Um recorde de 62 empresas abriram capital no último ano no Brasil.

A moda do IPO perdeu força este ano devido à turbulência nos mercados globais, mas agora parece dar sinais de recuperação. No mês passado, a OGX Petróleo e Gás Participações levantou 4,1 bilhões de dólares no maior IPO da história do mercado brasileiro, com investidores fazendo fila para conseguir parte da riqueza do petróleo recém encontrado na costa do país.

A OGX é uma empresa do empresário bilionário Eike Batista, cuja fortuna cresceu nos últimos anos. Um ex-campeão de corrida de barcos a motor que possui uma Mercedes-Benz SLR McLaren estacionado em sua sala de estar, Batista diz abertamente que seu objetivo é se tornar o homem mais rico do mundo em cinco anos.

ROUPAS DA MODA E AVIÕES PRIVADOS

Não existe lugar onde o salto de renda é mais aparente do que em São Paulo, a capital financeira e maior cidade do país. Num sábado recente, as lojas da Oscar Freire estavam tão cheias que os compradores quase se debatiam pelas peças de roupas da última moda.

Shoppings especializados para ricos estão sendo inaugurados por todo o país, com butiques exclusivas como Giorgio Armani e Hermès. As vendas de novos carros estão batendo recordes mês após mês, e apartamentos de luxo brotam em massa.Segundo um estudo recente da firma de consultoria MCF, o mercado de bens de luxo no Brasil cresceu 17 por cento no último ano, gerando 5 bilhões de dólares em vendas. A economia como um todo, em contraste, cresceu 5,4 por cento.

"Não está lá ainda, mas o Brasil está a caminho de se tornar um mercado prioritário para as marcas de luxo", disse Carlos Ferreirinha, fundador da MCF e ex-presidente da Louis Vuitton no Brasil.

O crescimento do número de indivíduos de alta renda também deu impulso para fabricantes de helicópteros e aviões privados. A Embraer está vendendo tanto seu pequeno avião empresarial Phenom no Brasil que a empresa espera que ele se torne em breve maioria na frota nacional de aviões privados.

A venda de helicópteros está crescendo quase 13 por cento ao ano. O mercado mais aquecido é a cidade do tráfego travado de São Paulo, onde já existem mais de 500 helicópteros, uma das maiores frotas urbanas do mundo.

A TAM Taxi Aéreo Marília, companhia de taxi aéreo e representante de vendas do Cessna e do Bell Helicopter, costumava atender os pedidos em menos de um ano. Agora clientes precisam esperar até quatro anos por um helicóptero novo. "Em todos os meus anos no negócio, nunca vi demanda tão forte", disse Rui Aquino, presidente-executivo da empresa.

Mas nem todos os novos membros do clube brasileiro de milionários são grandes gastadores. Calderaro, o "cadete-investidor", ainda vive em um apartamento alugado e prefere investir seu dinheiro na bolsa de valores a gastá-lo em carros exuberantes e casas na praia.

"Minha mãe gosta de dizer que sou econômico, e não um pão-duro", disse. "Eu acho que eu tenho mais prazer em ganhar dinheiro no mercado do que em gastá-lo."

Fonte: Reuters
23/07/2008

terça-feira, 29 de julho de 2008

Preocupação com situação financeira de funcionário chega à pequena empresa

SÃO PAULO - Há oito anos, a proprietária da indústria metalúrgica Alboss, Martha Christina Bosso, teve uma idéia: oferecer aos funcionários ajuda para quitar dívidas. Hoje, são mais de 171 casos resolvidos e R$ 81 mil negociados. Com a iniciativa, a empresa passa a ser exemplo de que a preocupação com as finanças dos funcionários já chegou às pequenas e médias empresas.

De acordo com Martha, o intuito do Programa de Recursos ao Funcionário (PRF) é resgatar a dignidade do colaborador, uma vez que a maioria dos profissionais contratados pela empresa costuma estar fora do mercado de trabalho há algum tempo e, então, é comum que estejam com dívidas.

A empresa negocia a dívida, com menor custo, à vista, e depois realiza desconto em folha de pagamento ao funcionário. "Os descontos vão de R$ 30 a R$ 150. O funcionário é quem diz como fica melhor para ele. Só pedimos que o empréstimo seja saldado no mesmo ano", afirmou Martha.

Medida reconhecida
A atitude da empresa foi reconhecida pelos avaliadores da II Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental e será apresentada durante evento que demonstra como é possível atuar de maneira responsável, independentemente do tamanho da empresa.

O conceito de responsabilidade socioambiental está ligado a um processo de ganha-ganha: se, por um lado, o funcionário passa a ter uma melhor qualidade de vida, sem preocupação com as dívidas, por outro, seu desempenho no trabalho melhora e, conseqüentemente, a empresa passa a ganhar em baixa rotatividade.

Questionada sobre o motivo da escolha da empresa, a diretora titular do Comitê de Responsabilidade Socioambiental da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Eliane Belfort, disse que é porque esta medida marca a chegada da preocupação financeira nas pequenas e médias empresas.

"Grandes empresas já fazem isso, mas as pequenas não. São ações em que todos podem se espelhar", afirmou Eliane, que também é vice-presidente do Conselho de Responsabilidade Social da Fiesp.

Não basta quitar a dívida
Eliane acredita que a questão financeira está relacionada com qualidade de vida. "A gente vem trabalhando em vários setores que promovem a qualidade de vida no trabalho. Acreditamos que, os colaboradores, para produzirem com qualidade, têm que ter qualidade de vida e um dos vetores para isso é a tranqüilidade financeira".

Ela ressalta, porém, que apenas quitar a dívida do funcionário não basta. "É importante, mas é paliativo (tem eficácia momentânea). O importante é trabalhar com a educação financeira, também com a família", explicou a diretora.

É preciso, acima de tudo, ensinar ao funcionário como trabalhar com o dinheiro. Ela explicou que, até um tempo atrás, o brasileiro não tinha tanto crédito em abundância, mas agora tem e precisa estar preparado para isso.

Por: Flávia Furlan Nunes
29/07/08 - 10h41
InfoMoney

segunda-feira, 28 de julho de 2008

"Tudo ia bem, até que a empresa fechou..."

Por que as empresas que sobrevivem ao período crítico podem encerrar suas atividades?
Por Luiz Fernando Garcia - HSM

"A empresa já tem mais de cinco anos. Sobreviveu aos períodos mais críticos. Agora, a coisa pode decolar". Esse pode ser o pensamento do grupo que dirige uma empresa que parece ir bem, deixou de ser criança e entrou na adolescência, mas algumas atitudes podem mudar o rumo das coisas e mudar o que parecia ser um caminho de sucesso, tornando-o um pesadelo que pode culminar com o encerramento das atividades da organização.

Em cada estágio da vida de uma empresa há problemas. Alguns são remanescentes de períodos anteriores, outros são a ponta do iceberg de estágios futuros. Porém, um negócio está doente quando os problemas futuros são menos importantes do que aqueles não resolvidos do passado. Se esses fantasmas ficam arrastando a organização para trás, acabam por retardar a evolução global da empresa.

O nascimento de uma organização é tradicionalmente marcado por alguns sintomas. Os negócios são impulsionados pelas oportunidades, por isso há poucos sistemas e normas e o desempenho é inconsciente. A empresa é vulnerável e um problema pode se tornar uma crise sem aviso prévio. É gerenciada através de crises. Há pouca delegação. O compromisso do fundador é freqüentemente posto à prova, e é crucial para a sobrevivência. Precisa constantemente de infusão de dinheiro, e do compromisso do fundador, pois, caso contrário, pode morrer. Aliás, esses são dois fatores mais críticos capazes de provocar problemas patológicos numa organização considerada "criança", ou seja, com menos de cinco anos de idade.

Realmente é um alívio vencer essa etapa que normalmente acontece após esse período de vida da organização, mas seus colaboradores e fundadores precisam estar atentos aos novos sintomas que certamente marcam a fase da adolescência da empresa e é saudável que isso aconteça. Em condições normais, passados os cinco primeiros anos de uma empresa, ela renasce longe de seu fundador. É um nascimento emocional. Sob muitos aspectos, é como um adolescente tentando estabelecer sua independência. Esse renascimento é mais doloroso e prolongado que o nascimento físico da infância.

Os comportamentos mais comuns nessa fase adolescente são os conflitos como, por exemplo, uma mentalidade do tipo "nós contra eles", dos jovens contra a velha guarda. Além de inconsistência nas metas organizacionais e nos sistemas de remuneração e incentivo. Há muitas reuniões improdutivas e é comum gerentes empreendedores deixarem a organização, provocando o seu fim. Por que a transição é tão difícil? Há três motivos principais: delegação de autoridade; mudança de liderança e transposição de metas.

No entanto, uma empresa adolescente está dentro dos parâmetros de normalidade quando há conflito entre os sócios, administradores ou empreendedores. Quando há perda temporária de visão. Quando seu fundador aceita soberania organizacional. Caso o sistema de incentivo recompense atitudes erradas. Se a delegação de autoridade é do tipo "iô-iô" ou ainda as diretrizes são formuladas, mas não, seguidas.

Porém, a adolescente está doente quando volta ao estágio "toca-toca", aquele em que vai apresentando o resultado conforme a necessidade aparece. Quando seus empreendedores partem e seus administradores assumem o comando. Também quando seu fundador é "expulso" ou as pessoas passam a receber gratificações por seu desempenho individual enquanto a empresa está perdendo dinheiro. Quando há uma paralisia em seu caminhar, enquanto o poder fica passando de mão em mão. E por fim, quando o conselho demite as pessoas empreendedoras e a empresa deixa de ser inovadora.

A identificação do estágio é o primeiro passo rumo ao crescimento. A questão chave é saber aceitar que em cada momento sempre haverá problemas e ter o compromisso de vencer. Manter uma postura contrária pode significar o decreto final das atividades.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pós-graduação em pesquisa de mercado encerra suas inscrições no dia 30 de julho

Promovido pela ESPM e IBOPE, o curso tem ênfase em gestão da informação e orientação mercadológica

A pós-graduação “Pesquisa de Mercado, Mídia e Opinião com ênfase em Gestão da Informação” teve seu prazo de inscrição estendido para o dia 30 de julho. Parceria entre o IBOPE e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o curso forma especialistas desde 2003 e é o único na área da educação.

A pós-graduação orienta profissionais nas tomadas de decisões baseadas na análise de dados e tem forte orientação mercadológica. As aulas têm início previsto para o dia 04 de agosto e acontecem às terças e quintas-feiras, das 19h30 às 22h40. O curso tem duração de 15 meses e carga horária de 360 horas.

O ambiente globalizado de negócios, a pesquisa qualitativa, a gestão da informação e as novas estratégias empresariais são alguns dos assuntos abordados no curso, que é conduzido pelos executivos do IBOPE e por professores da ESPM. Os executivos do IBOPE são responsáveis por módulos específicos como introdução à pesquisa, planejamento e interpretação dos resultados, investigação do comportamento, gestão do risco e análise multivariada.

Para pleitear uma vaga na pós-graduação “Pesquisa de Mercado, Mídia e Opinião com ênfase em Gestão da Informação” é necessário apresentar diploma de conclusão de curso superior, currículo profissional e submeter-se a uma entrevista de avaliação. A formação é indicada para profissionais que atuam em veículos de comunicação, agências de propaganda, institutos de pesquisa de mercado, consultorias, associações de classe e empresas de comércio e serviço, entre outros.Mais informações no site www.espm.br ou pelo telefone (11) 5081.8225.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Criar valor para vender mais

Uma boa e uma má notícias foram dadas aos vendedores por Neil Rackham, mundialmente reconhecido como mestre na aplicação de modelos estratégicos em Gestão de Vendas, logo no início de sua palestra, denominada Como Aumentar Suas Vendas Através de Um Pensamento Estratégico Inovador, no Special Management Program, evento promovido pela HSM, na Amcham, nesta quinta-feira, dia 21 de junho. A boa notícia: as vendas estão passando por um processo de transformação e, desta forma, adquirindo importância estratégica para as empresas. A má notícia: cerca de um terço (1/3) dos vendedores não deverão acompanhar estas mudanças.

“Há uma mudança nas vendas nos últimos anos: mudou a comunicação de valor dos produtos e serviços para a criação de valor. A definição de um vendedor como um canal de comunicação não funciona mais. O que a força de vendas faz que outros canais, como internet, televendas e distribuidores, não podem fazer? O jeito de vender pode se tornar mais importante do que o produto ou serviço que você vende. O vendedor precisa agregar valor”, decretou Neil Rackham, cujos livros foram publicados em 50 idiomas e figuram regularmente na lista dos mais vendidos do New York Times.

Segundo o palestrante, foram os compradores que passaram a determinar esta mudança nos últimos anos, graças à internet, que facilita o acesso à informação sobre os mais variados produtos, à expansão da concorrência e a uma maior exigência em relação aos produtos oferecidos. “Os compradores não querem mais perder tempo com produtos que já conhecem pela internet. Os clientes estão usando técnicas de compras mais sofisticadas e isso terá um impacto muito grande em todo tipo de vendas. Há 10 anos, um comprador era o escalão de baixo da empresa. Agora não é mais assim. O pessoal de compras é formado por funcionários muito capazes e com função estratégica importante. Temos de entender isso”, alertou.

Estratégias de compras – Os compradores costumam adotar uma entre quatro megatendências de compra, segundo o palestrante:

  • consolidação de fornecedores
  • mais sofisticação, o que resulta em novas segmentações de fornecedores
  • o que leva em conta o conceito de custo vitalício total
  • e a superioridade econômica do aperfeiçoamento contínuo.


“A idéia de uma estratégia de compras é extrair o máximo de seus parceiros. O que significam estas tendências de compra? Vendas estão abrindo muitas oportunidades. Vão ganhar mais e será estratégico para a empresa. Mas os vendedores vão ter de enfrentar uma situação difícil. Cerca de um terço (1/3) dos vendedores não deveriam estar vendendo, porque eles estão apenas comunicando valor. São os chamados folhetos falantes. Se você não está vendendo este algo a mais, será necessário um maior envolvimento dos executivos da empresa. A General Eletric, por exemplo, não vende mais turbinas para aviões. A GE agora gerencia as turbinas, faz a manutenção, as substitui. Por trás disso, há o conceito do custo vitalício do produto”, ilustrou.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Construindo Marcas Fortes

Uma marca forte se constrói com determinação e dedicação. Pense em algumas delas, divague por Coca-Cola, McDonald’s, Microsoft, ou qualquer outra que seja a sua resposta para a clássica pergunta: quando você pensa em... qual a primeira marca que lhe vem à cabeça? Pensou? Esteja certo de que por trás de qualquer uma delas existem anos de trabalho incansável e, se não existem, elas podem ser consideradas verdadeiros fenômenos.

Verdade é que mais importante do que a marca em si é a competência para gerenciá-la.

Todas estas marcas trabalharam além da qualidade de seus produtos, investiram em uma das atividades mais complexas do marketing - o branding – e acabaram ganhando na construção de respeitáveis patrimônios.

Catedráticos em marcas, já discorreram e continuam se aprofundando sobre o tema, sobretudo em tempos de mudanças tão rápidas quanto as atuais, onde a comunicação já não pode ser controlada com o advento da internet. Hoje, os consumidores exercem, mais que em outros tempos, o papel de divulgar e construir marcas. Neste cenário, alguns ‘mandamentos’ merecem sempre ser lembrados [não necessariamente nesta ordem]:

- Ouça seu consumidor, o que ele pensa, sente, gosta, deseja, aspira.

- Estabeleça uma linha guia de comunicação com o consumidor – diga sempre que possível a mesma coisa, desde que seja relevante, de diferentes maneiras.

- Comunique sempre - não importa se muito ou pouco, o importante é a continuidade.
Aproveite a variedade de mídias para estar sempre em contato com seu consumidor.
Ele não gosta de ser esquecido.

- Vá além dos limites físicos de seu produto. Atribua a ele significados emocionais e funcionais.

- Recompense seu consumidor - não há relacionamento que perdure sem um agrado.

- Faça com que a marca seja ela mesma. Encontre seu ponto de exclusividade e diferenciação. Inove, mas sem perder de vista a essência da marca.

- Compartilhe a responsabilidade da construção da marca com toda a organização. Todos devem estar imbuídos deste espírito.

Na prática, branding parece ser o único antídoto contra a diferenciação baseada apenas na conhecida guerra de preços.

E por falar em preço, é claro que construção de marca deve almejar metas que gerem resultado financeiro. Aliás, desenvolvimento de marcas fortes garante perenidade e maior margem de lucro.


Créditos: Artigo escrito por Márcia Cavallari e Antonieta Carneiro, diretoras executivas de atendimento e planejamento do IBOPE Inteligência, em Novembro/2007