quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Softwares piratas geram multas e processos jurídicos para empresas


Empresas que usam software de computador de forma indevida, sem o pagamento da licença, podem sofrer denúncias e fiscalização que geram multas e processos jurídicos.


"O problema pode ser evitado por uma auditoria interna, onde a empresa verifica os programas instalados nos computadores, inclusive nos notebooks em campo, recomenda Estevan Matheus, diretor da E-battery do Brasil, empresa de TI.


Estevan alerta que não é preciso gastar muito para legalizar os softwares, basta ter planejamento. "Centralize a compra e a manutenção de registros, para conseguir sempre o melhor preço em seus pedidos. Muitas empresas de software oferecem descontos por volume e licenças.", reforça.


Outra dica, segundo a Business Software Association (BSA), é que se a quantidade de cópias não autorizadas for pequena, basta comprar licenças adicionais e remover cópias duplicadas ou ilícitas. Se o número de cópias excede seu orçamento, avalie qual funcionário realmente precisa do software instalado. Outra solução é buscar uma versão anterior, o que pode resultar em uma economia significativa.


Após realizar a limpeza nos computadores da empresa é necessário manter-se legal e monitorar novas instalações de programas. "É possível instalar softwares de monitoramento gratuitos que averiguam os computadores instalados na rede, validando garantias e números de série. Os funcionários também precisam ser desencorajados a instalar programas ilegais em suas estações de trabalho ou notebooks", explica.


A e-battery alerta principalmente para a compra de produtos de fontes questionáveis: "Tome cuidado, tenha certeza de comprar em revendedores autorizados!", reforça Estevan Matheus.


Fonte KB Assessoria em Comunicação - www.e-battery.com.br

A prioridade de Obama: contratar as pessoas certas


Com Barack Obama tomando posse como Presidente dos Estados Unidos em meio à pior crise financeira desde a Grande Depressão, a sua tarefa número um é tomar decisões sobre grandes pessoas ao escolher os membros de sua equipe. Nenhum outro fator controlável terá impacto maior nos próximos anos sobre os Estados Unidos e, em grande medida, sobre o mundo.


Por que é uma decisão tão importante?


Uma resposta é “porque as funções nesses altos escalões são muito complexas”. Isso pode parecer o óbvio, mas considere o seguinte: quanto mais complexa a função, maior é a distância entre o desempenho mediano e o destacado. Na média, um superoperário é 40% mais produtivo do que seus pares. Mas, em funções de alta complexidade, como a de programação de computadores ou a gerência de contabilidade em uma empresa de assessoria, um profissional de destaque pode ser 1.000% mais eficaz que um profissional médio. O que isso sugere sobre, digamos, um secretário do tesouro mediano versus um supersecretário?


Infelizmente, encontrar grandes profissionais não é fácil. Comparando as decisões sobre as equipes com o beisebol, Peter Drucker acreditava que o executivo típico não acertava mais do que 0,333 tacadas, quando o assunto era contratar e promover. Isso é mais do que bom para o beisebol, mas não bom o bastante para gerir uma grande empresa –ou um país.


Por que, então, erramos nas decisões sobre pessoas em dois terços das vezes? O principal problema é que solicitamos ao velho cérebro que faça um novo trabalho. Nossos cérebros –criados para nos ajudar a sobreviver como caçadores e coletores nômades– não se mescla bem aos nossos desafios atuais. Em especial, uma série de vieses emocionais, escondidos na profundidade de nosso inconsciente, trabalha contra nós e, infelizmente, eles surgem fortemente em nossas decisões sobre pessoas.


Por exemplo, devido ao nosso mecanismo arcaico, procrastinamos nessas decisões. Exageramos os riscos da mudança e não levamos em conta o custo de oportunidade de manter o status quo. Quando agimos, tendemos a fazer julgamentos precipitados. Pesquisas na área da neurociência revelaram que formamos uma primeira impressão inconsciente da pessoa que está diante de nós na velocidade da luz (da ordem de um vinte avos de segundo). Mas, infelizmente, tais impressões são falhas no julgamento. Em um nível mais consciente, nós tendemos a dar valor excessivo às marcas e rótulos (como o histórico escolar e a afiliação política) e muito pouco valor à essência.


Se eu tivesse a chance de falar ao Presidente, sugeriria estes quatro passos:


1. Faça o trabalho duro: há uma enorme pressão por rápidas mudanças sobre os gestores que estão assumindo suas posições O contador dos “primeiros cem dias” começa a rodar já no dia um. Todos procuram por resultados nos primeiros meses após a posse, ou mesmo semanas. Para piorar as coisas, muitas pessoas acreditam que, se o Presidente deixa de conquistar muito dentro dos primeiros cem dias, ele nunca será capaz de reconquistar credibilidade. Isso é totalmente errado. Os melhores CEOs investem uma fatia significativa de seu tempo para estabelecer as equipes corretas e, junto com essas equipes, fazer os diagnósticos corretos, antes de partir para iniciativas de mudanças radicais. Mesmo quando se toma posse de empresas em crise, os melhores investem tempo em se certificar que estão lutando as batalhas certas, da maneira certa. Quando tomam decisões sobre pessoas, eles não se limitam a colocar rapidamente na empresa as pessoas que eles conhecem, ou aqueles a quem devem favores. Em vez disso, os melhores líderes empresariais recrutam a partir de uma rede ampla e conduzem avaliações em profundidade dos candidatos que lhes parecem mais fortes. O novo Presidente e seus recrutadores têm de abordar esse processo tão importante com os níveis mais altos de atenção, disciplina e paciência. Ir devagar para ir depressa.


2. Utilize múltiplos filtros


Experiência relevante é um bom filtro inicial, uma vez que não há tempo para o treinamento on-the-job. Passe daí para a integridade (se eles não tiverem o histórico limpo, estão fora). Então, verifique a competência: eles foram bons enquanto acumulavam tanta experiência? Por fim, olhe para além das medidas tradicionais de inteligência, como os testes de QI ou os rankings de alunos. Você tem de investigar as maneiras pelas quais os líderes geriram a si mesmos e as suas relações com os outros. Isso é, de longe, o mais importante previsor do sucesso ou do fracasso em qualquer papel de liderança.


3. Preocupe-se com a equipe


Isso não tem a ver só com os ministros. Isso também diz respeito aos seus subordinados e aos subordinados dos subordinados. Lembre-se que equipes de destaque requerem não apenas um forte conjunto de habilidades, mas também uma diversidade significativa, a fim de evitar os riscos da identificação com o coletivo e do pensamento de grupo. A habilidade de selecionar grandes pessoas com perfis complementares deveria ser um fator-chave de sucesso para o novo Presidente, bem como para cada um dos seus nomeados principais.


4. Invista nas posições políticas, bem como na equipe profissional permanente


Muitos políticos supervalorizam as funções políticas e não dão muita importância aos profissionais. Mas você simplesmente não consegue construir uma grandeza que dure sem formar uma administração com profissionais competentes em todos os níveis, incluindo jovens com potencial, que vão continuar fortalecendo o país muito tempo depois que o mandato presidencial chegar a termo. À época de sua independência, os pioneiros de Cingapura perceberam que, sem recursos naturais ou escala, o único jeito de crescer seria investindo em talentos. Eles sistematicamente, então, atraíram as pessoas certas, tanto para cargos políticos quanto para o seu serviço público, por mais de quatro décadas. Como resultado, desde 1963 que o PIB per capita de Cingapura foi multiplicado por oito em valores reais, enquanto o americano foi multiplicado por menos de três.


Navegar na tempestade financeira é apenas um dos desafios que o novo Presidente enfrentará. Assegurar-se de que os Estados Unidos possam concorrer com sucesso no mercado global, povoado por rivais cada vez mais qualificados, é outro. De todos os desafios, tomar as decisões certas acerca das pessoas está entre as mais importantes. Se o Presidente Obama falhar nisso, sua capacidade de ser bem-sucedido em qualquer outra área estará fortemente comprometida.
Por Claudio Fenández-Aráoz Fonte:HSM Management - Site Oficial

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Mercado mundial de celulares encolherá 9% este ano


O mercado mundial de celulares encolherá 9% em 2009, no primeiro declínio desde 2001, e o primeiro semestre será especialmente difícil, de acordo com a Strategy Analytics (SA).

"Esperamos que o primeiro semestre de 2009 será muito fraco, com o setor sob o efeito do duplo problema da queda de embarques depois dos meses de festas nos mercados desenvolvidos e da desaceleração da demanda durante o período do Ano Novo chinês", previu a SA nesta sexta-feira.

O grupo SA estimou vendas de 1,08 bilhão de celulares este ano, ante 1,18 bilhão em 2008. Se confirmada, será a primeira queda anual desde os 6% registrados em 2001 --única ocasião em que o mercado de celulares havia registrado um recuo desde que os aparelhos surgiram, em 1983.

A desaceleração econômica provocou no último trimestre de 2008 o mais fraco desempenho do setor desde o quarto trimestre de 2001, com 10% de queda nos embarques, para 295 milhões de unidades.

Foi a primeira ocasião em que a SA registrou queda no normalmente vigoroso trimestre final do ano, em relação ao total do terceiro trimestre.

"O varejo reduziu estoques e promoveu liquidações de produtos, em função da compressão de crédito, e os consumidores adiaram compras por medo da recessão", afirmou a empresa.

Fonte Reuters - 26/01/2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A marca Obama


O fato de Barack Obama ter transformado o que é política em um jogo diferente para uma geração não é mais novidade. O que foi pouco examinado, porém, foram os sinais que ele carrega de uma mudança sísmica no horizonte dos negócios.


A política, afinal de contas, trata de marketing. A promoção da marca Obama é um estudo de caso sobre para onde o mercado norte-americano, e potencialmente o mundial, está se dirigindo. "Ele é as três coisas que você quer de uma marca", diz Keith Reinhard, presidente emérito do conselho de administração da agência DDB Worldwide. "Novo, diferente e atraente. É bom assim."


Obama tem sua maior força entre os jovens de 18 a 29 anos, aqueles que os anunciantes cobiçam, a legião conhecida como 'geração Y'. Eles são negros, brancos, amarelos e mulatos. E também compartilham novas mídias, redes sociais on-line, rejeição por argumentos de venda que vêm de cima para baixo.


O novo presidente se construiu nas eleições dos Estados Unidos em cima de um nome engraçado, de uma história de vida incomum, para tornar-se um reflexo daquilo que os Estados Unidos serão: uma sociedade pós-boomers. Ele foi além da identidade política tradicional. Qualquer negócio que busque antever o futuro deverá analisar as implicações de sua ascensão.


COMANDO E CONTROLE


Quando a revista People perguntou a um grupo de presidenciáveis, no ano passado, o que nunca deixariam de levar ao sair de casa, as respostas foram reveladoras. A escolha de Mitt Romney, granola caseira em sua tigela de Dora. Hillary citou seu BlackBerry. E Obama mostrou que estava meio passo adiante: uma webcam, que utiliza para se comunicar com suas filhas e fazer reuniões. Obama adotou a internet habilmente e foi adotado por ela. E ele foi excepcionalmente bom em converter cliques de computador em presença no mundo real: vídeos no YouTube geravam comícios cheios e, o que é mais importante, doações e votos.


Obama se beneficia do poder do controle on-line. Sua arma secreta, um rapaz de 24 anos chamado Chris Hughes. Há quatro anos, ele estava em Harvard, ajudando a lançar o Facebook. Há um ano, Hughes tirou uma folga da rede social para organizar a web para Obama. Formado em história e literatura, Hughes trouxe consigo a maestria sobre o lado humano das redes sociais, o que se traduziu em resultados concretos para a campanha.


BarackObama.com é atualizado permanentemente e oferece vídeos, fotos, ringtones, funcionalidades variadas e eventos para dar aos internautas uma razão para voltar sempre. Em mybarackobama.com, a rede "quase" social da campanha, os "obamaníacos" podem criar seus próprios blogs sobre as plataformas políticas, enviar recomendações práticas diretamente à campanha, criar seu próprio site de levantamento de fundos, organizar um evento e até mesmo usar um dispositivo para obter listas de telefones e fazer campanha e pesquisas a partir de casa.


O que é verdade em política não é menos verdade nos negócios. "Há um consumidor novo e autoritário que extrai poder da web", diz Karen Scholl, diretora de criação da agência de publicidade digital Resource Interactive. "E ele fareja uma falsa mensagem a quilômetros de distância." A agência cunhou o termo "OPEN brand" (marca aberta), um acrônimo para on-demand (sob demanda), personal (pessoal) engaging (envolvente) e networks (redes). Os quatro fenômenos formam um contexto sobre o qual toda empresa tem de pensar se quiser transmitir mensagens de marcas de maneiras realmente novas.


Com Obama, "não só as pessoas sentem que o conhecem, como sentem que suas opiniões são levadas a sério por ele", diz Karen.


LIDERAR ESCUTANDO


Craig Newmark, fundador da Craigslist, considerou-se, por muito tempo, independente politicamente. Um encontro com Obama inspirou-lhe a trabalhar pelo candidato democrata. "Eu o vejo como um líder, mais do que como um chefe". O líder, para Newmark, faz as pessoas agirem por conta própria, pela inspiração.O que Newmark está descrevendo é mais complicado -e mais moderno- do quepode parecer. Há muito tempo existem líderes que são chefes e chefes que são líderes.


Mas Obama é o modelo de um novo modo de pensar chamado "liderança adaptativa", que tem sido ensinado na Kennedy School, da Harvard University, entre outras escolas. Essa abordagem, como escreveu Stephen Bouwhuis recentemente no The Australian Journal of Public Administration, é eficaz ao lidar com questões que requerem "uma mudança nas maneiras de pensar de uma comunidade".


Enquanto um líder visionário estabelece um plano específico a ser implementado, um líder adaptativo trabalha com sua equipe para elaborar um plano em conjunto.


O culto ao presidente "imperial" corporativo ainda reina na maior parte das salas de reuniões de conselhos e diretorias, mas ganhar os talentos do futuro - e os consumidores do amanhã - pode requerer uma abordagem bem diferente.


A mensagem de Obama é a de uma marca aberta: sob demanda, pessoal, envolvente e que leva em conta as redes.


Fonte: HSM Management - Site Oficial

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Inteligência de Marketing

Por Vicente Criscio

Recentemente um alto executivo de uma firma de consultoria que faz projetos de turnaround management ("recuperação de empresas", para nós, os mortais) falava-me da sua estratégia para elevar as receitas de um novo cliente.

A empresa, ligada ao setor de químico, tinha como objetivo dar um salto de 66% nas vendas em dois anos.

Não, não, meu caro amigo leitor, não digitei errado. Não é 16% ou 26% em dois anos. É 66% mesmo. E a empresa não é uma start-up. Tem várias décadas de existência, ou seja, já possui um volume razoável de receitas atuais.

Muito bem, na minha ingenuidade cartesiana, perguntei ao estimado consultor: "Qual o racional para esse expressivo crescimento"?

Resposta: "Ah, eles estão construindo uma nova fábrica e, então, têm que aumentar as vendas. Mas é fácil! A empresa está 'arrumadinha'; o que precisa é só ... [ falando com raiva ] energizar a força de vendas, bater o bumbo sabe?". "Sei..."

Executivos de vendas sabem que motivação, na área comercial, é fundamental. Mas não é tudo. Essa história de aumentar a luz para a produtividade crescer é conversa para quem não tem conteúdo ou não fez a lição de casa e não identificou como fazer para aumentar as vendas.

E, então, eu volto ao meu surrado tema: inteligência de marketing. Uma área de Marketing que se preze não está lá para investir em mídia, participar de eventos ou discutir posicionamento de marca. Isso tudo é meio, é um caminho para se chegar a um fim.

E o propósito final de uma área de Marketing, ou sua missão, ou ainda o reason of that como meu amigo consultor gostaria que eu falasse, é colocar os profissionais de vendas na cara do gol para eles, motivados como um Romário, empurrem a bola para as redes.

Essa missão será mais facilmente atingida, se as áreas de marketing participarem ativamente das discussões sobre posicionamento de marca, se investirem de forma adequada nas diferentes mídias disponíveis e, principalmente, se usarem as informações disponíveis -internas ou no mercado- para conhecer seus clientes em suas necessidades e sua forma de interagir com a empresa.

Para não perder a viagem, estou falando em database marketing, ou em construção, gestão e utilização da base de conhecimento de seus clientes. A partir daí, a força de vendas terá a informação coerente, correta, para conquistar novos clientes ou vender mais produtos para os clientes atuais.

Depois disso tudo feito, eu até ajudo a contratar o maestro da banda. Mas só depois disso é que o bumbo vai tocar no ritmo certo.


Vicente Criscio - É CEO da Direkt, empresa de serviços em marketing direto.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Videogames oferecem prêmios em dinheiro a fãs do esporte

Embora os atletas profissionais sejam capazes de faturar milhões de dólares, os adeptos do videogame agora têm chance de faturar dezenas de milhares de dólares com jogos esportivos sem que precisem nem ao menos suar.

Competições de videogames esportivos como a EA Sports Madden Challenge, que realizou finais de futebol americano virtual nas Ilhas Turks e Caicos esta semana, estão se tornando eventos mundiais.

Mais de 180 mil jogadores tomaram parte no Madden Challenge on-line, pela Xbox Live, e outros 10 mil fanáticos por futebol americano compareceram a um dos 18 eventos realizados em diversos locais dos Estados Unidos ao longo de dois meses.

A Electronic Arts expandiu a competição de futebol americano virtual para incluir Toronto, Cidade do México e Londres, este ano, acompanhando os esforços da NFL para expandir o esporte a novos territórios.

Mas esta semana foi Lee Green, 20, de Filadélfia, Pensilvânia, que saiu com o prêmio de 25 mil dólares em dinheiro e 25 mil dólares em vale-compras da rede de varejo de eletrônicos Best Buy, por sua vitória no sétimo Madden Challenge.

Pelo segundo ano consecutivo, o canal de esportes ESPN 2, da Walt Disney, vai apresentar um especial de uma hora sobre a decisão do Madden Challenge no domingo do Super Bowl, 1 de fevereiro, e a ESPN manterá seu popular reality show "Madden Nation" por uma quinta temporada, a partir do final deste ano. O programa envolve uma disputa entre os melhores jogadores de futebol americano virtual por um prêmio de 100 mil dólares.

"Jogo Madden cinco dias por semana, 10 horas por dia, e me dei bem", disse Green, que na temporada passada chegou às finais do "Madden Nation".

O jogo também foi produtivo para Eric Wright, de West Covina, Califórnia, que ganhou 180 mil dólares em dinheiro e produtos jogando Madden no ano passado e chegou às finais mais uma vez este ano, sua quarta participação consecutiva.

Essa comunidade de jogadores dedicados ajuda o "Madden" a garantir lugar ano após ano nas listas dos videogames mais vendidos. A EA Sports vendeu mais de 6,5 milhões de cópias de "Madden NFL 09" nos Estados Unidos, em 2008, o que eleva o total de vendas da série a mais de 75 milhões de cópias em 20 anos.

Fonte: Reuters 15/01/2009

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mídia na Web: Banner tem vida longa


Mesmo com os avanços da internet e dos novos formatos de publicidade on-line, o tradicional banner não sairá de cena tão cedo, garantem os especialistas. "O banner ainda permanece por muitos anos. Antes, a opção era banner ou banner. Agora não. Mas ele permanece porque a massa crítica permite isso com awareness", comenta Renato de Paula, da OgilvyOne.


Embora rejeitado pelos jovens, que o acham inconveniente, o banner pode tornar-se mais atrativo se casado com outras tecnologias, como o vídeo, no qual o usuário clica no banner e assiste a um vídeo da campanha, por exemplo. "Trata-se das marcas olharem o que está em torno da maneira de se fazer internet", diz Fabiano Coura, diretor digital da Ínsula.


O banner também é considerado um dos meios mais eficientes para fazer comunicação de massa na web. "Apesar de várias alternativas mais impactantes e interativas serem criadas a cada ano, o banner fornece um padrão para o mercado que é fundamental - como os 30 segundos da TV", compara Roberto Grosman, sócio e diretor de mídia da F.biz.


Para Fernando Taralli, da Y&R, o banner também deve evoluir, agregando tecnologias como rich media (integração de ferramentas multimídia como vídeo, som e animação) e behavior target (identificação do comportamento do usuário no site), também apontadas como as principais tendências neste ano. "No caso de nossos clientes de varejo, o formato tem um papel fundamental na estratégia", destaca ele.


Pop-up


Em pesquisa realizada em dezembro passado pelo Núcleo Jovem da Editora Abril, o pop-up foi apontado como o formato mais rejeitado pelo público jovem. Muitos especialistas também consideram o recurso negativo. "Rapidamente as pessoas se aborrecem com eles. Os pop-us são, provavelmente, a mídia mais intrusiva de todas", afirma Petrucci. Diante da crescente rejeição dos usuários ao formato, o UOL também decidiu banir o pop-up de suas páginas este ano. Em seu lugar, permanece apenas o formato dhtml, que fica por cerca de 12 segundos na tela e desaparece automaticamente.


Vídeos ganham mais destaque


Aproveitando a onda gerada pelo YouTube, a publicidade em vídeo é outra aposta do mercado para chamar a atenção dos jovens, que praticamente abandonaram a TV. O aumento da utilização da internet de banda larga e a alta capacidade que o vídeo tem de se tornar uma publicidade viral também devem favorecer o crescimento.


Para Fernando Taralli, da Y&R, a grande evolução no mundo digital foi o crescimento do consumo de vídeo pela internet no último ano, quando todos os portais desenvolveram áreas de conteúdo em vídeo. "Campanhas de sucesso da Y&R, como Bebê LG, tiveram enorme sucesso neste canal, confirmando que a boa propaganda transcende meios e canais", destaca.


Já para André Zimmermann, diretor geral da Media Contacts, os vídeos trazem a linguagem da TV à internet, trabalhando com atributos audiovisuais que são mais impactantes e atrativos. "A vantagem do vídeo na internet, em comparação com a TV, é que permite a resposta imediata do usuário ao anúncio, com interações com a marca e possibilidade de captação de cadastros e venda on-line de produtos", diz Zimmermann.


Objetivos


Suzana Apelbaum, da Hello Interactive, diz que os recursos on-line funcionam melhor ou pior de acordo com os objetivos de cada anunciante. "Para ativação de eventos, as redes sociais se mostraram uma excelente ferramenta. Já para causar impacto, os formatos de rich media, incluindo vídeos, funcionaram muito bem", diz Suzana. Segundo a executiva, os banners também atenderam de maneira eficiente aos clientes que estavam em busca de visibilidade.


Para Max Petrucci, sócio- fundador da Garage Interactive Marketing, a criação de comunidades para as marcas tem um resultado superior. "O Skol Beats foi a maior ação de criação coletiva da internet brasileira até hoje. Em vez de usarmos redes sociais já estabelecidas, como Orkut, MySpace ou Facebook, decidimos fazer uma própria, que refletisse os conceitos da Skol e aproximasse a marca das pessoas. Com isso, tivemos dois milhões de pessoas que decidiram tudo sobre o evento. Tudo foi feito em conjunto com os consumidores", diz Petrucci.


O executivo também destaca os widgets como os formatos "publicitários" com maior eficiência nos ambientes de mídias sociais.


Fonte: Propmark 14/01/2009

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A Marca pode salvar a Empresa da Falência

Estamos iniciando mais um ano e este vai passar como o passado. O tempo é implacável para todos, principalmente para o gestor de uma empresa. Este é o momento de tomar decisões importantes, de gerir cada vez melhor, e não há mais desculpas para o desconhecimento, a inércia da Lei e de seus direitos. A globalização bate-nos à porta, desanuvia os conceitos passados e a nova gestão toma conta. É hora de mudar ou se ofuscar na busca da liderança.

É fundamental tomar decisões que venham a agregar valor à empresa e aumentar o seu patrimônio ativo. Portanto, é o momento de investir em uma identidade no mercado. E o início dessa trajetória é o registro da marca.

Apesar do cenário sombrio, não há lugar para o medo. É necessário ousar, criar, faturar! Um dos caminhos para se alcançar o objetivo, e o sonho se tornar real é registrar a marca da empresa, dando-lhe uma propriedade prevista constitucionalmente. Muitos empresários não atribuem a devida importância à marca, e não a consideram como uma propriedade. Esse é um engano perigoso, pois se trata de propriedade no seu sentido lato sensu, e, dela, pode-se usar, gozar, usufruir e, também, é possível reavê-la.

A doutrina mais moderna no assunto já discute a usucapião da propriedade industrial. Temos nela a marca, no sentido mais amplo da propriedade, em que todos os investimentos vão ser contabilizados, revertendo-se em patrimônio intangível da empresa.

Li recentemente o livro Casa Gucci, da jornalista Sara Gay Forden, em que a autora discorre sobre a história da marca Gucci e a luta da família para firmar o nome da empresa no mercado de artigos de luxo. Em um determinado momento da vida da empresa, só lhe restava a marca.

E foi exatamente ela, a marca, que salvou a empresa da falência. No instante mais difícil, a família Gucci se valeu da identidade desenvolvida para seus produtos e conseguiu virar o jogo.

O enredo nos fala claramente do empenho, do desejo e da ambição de angariar o maior número possível de marcas para o patrimônio da empresa. São elas que geram os bilhões de dólares de lucros aos investidores da moda.

Mais uma vez, parei para indagar que a importância da marca em uma empresa não tem limites. Bem-estruturada e trabalhada, a marca torna-se fonte de lucros imensuráveis para os seus titulares.

Hoje, com a concorrência cada vez mais acirrada, não sobra espaço para o "achismo", o "se der", e os vários "sés" do negócio. É preciso acreditar na empresa, em sua identidade, sua capacidade e, principalmente, em sua marca. Atitudes empreendedoras sustentam o futuro do negócio, e o registro da marca é requisito para o sucesso empresarial.

Por Maria Isabel Montañés

Maria Isabel Montañés - É agente da Propriedade Industrial e diretora da Cone Sul Marcas e Patentes.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Destrua seu computador antigo se quiser se manter a salvo

Se você planeja se livrar de seu computador velho, certifique-se de remover antes o disco rígido e de esmagá-lo com um martelo, alertou um grupo de defesa do consumidor britânico.

A revista de computação Which? Computing informou que a única forma de ter certeza de que os fraudadores não poderão roubar detalhes pessoais de um computador antigo é destruindo a máquina de verdade. Simplesmente deletar ou limpar o disco não é o suficiente.

A publicação informou que comprou oito discos rígidos de segunda mão no site de leilões eBay, e recuperou 22 mil arquivos "deletados", incluindo algumas informações que podem ser confidenciais.

Criminosos - que, segundo a revista, rondam áreas de lixos públicos e sites de internet como o eBay-- podem usar softwares especializados para recuperar informações, que podem ser então usadas para cometer roubo de identidade.

"PCs contêm mais dados pessoais valiosos à medida que pessoas passam a fazer mais compras on-line, usar sites de relacionamento social e armazenar fotos digitais", disse Sarah Kidner, editora da revista.

"Mesmo que delete seus arquivos, você ficaria surpreso em saber como é fácil recuperar os seus dados pessoais. Soa extremismo, mas a única forma de estar 100% seguro é destruindo seu computador em pedacinhos."

Fonte: Reuters09/01/2009

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Estratégia contra maus chefes (e seus maus hábitos)

Eles estão no coração dos problemas das organizações, segundo todas as pesquisas disponíveis. Desmotivam suas equipes ao cultivar maus hábitos. Talvez a consciência em relação aos hábitos seja o melhor caminho para reverter o problema.

O seriado cômico de TV The Office oferece vários exemplos do que um líder nunca deve fazer, entre eles a iniciativa do personagem Michael Scott de prender sua equipe numa sala de reuniões para provar que trabalho é melhor do que prisão. Mas a verdade verdadeira é que, muitas vezes, a realidade das empresas até supera a ficção.

Um velho chefe meu era o exemplo vivo de chefe ruim. Como estou me preparando para ser o chefe em meu próprio empreendimento, venho refletindo muito sobre como evitar as várias maneiras existentes de desmotivar os colaboradores. E concluí que a chave para não praticá-las está em saber quais são elas.
Eis os 11 maus hábitos de meu próprio Michael Scott. Conscientize- se deles e, assim, você, chefe, conseguirá evitá-los:

1. Mudar de idéia –não uma vez, mas várias vezes por dia. Isso significa, por exemplo, revisar um relatório fazendo comentários que desdigam por completo o que você disse anteriormente. (Deixar os funcionários tentando adivinhar as coisas é bom para mantê-los alertas.)

2. Assegurar-se de que seus subordinados não saibam o que é importante para você. (Deles o que você quer é o melhor trabalho possível, ponto final. Você não há de querer que peguem atalhos simplesmente porque algo não é lá muito importante. Tudo importa. Sempre.)

3. Se você não gostar de algo, não gosta mesmo. (Ora, você não tem de explicar. Eles precisam apenas “melhorar” aquilo. E, afinal, se você orientá-los demais, como eles vão aprender? Se pressionarem você em busca de orientação, diga: “Não sei o que vocês querem de mim. Simplesmente façam um PowerPoint que seja mais atraente”.)

4. Levar seus colaboradores a todas as reuniões de que você participa, mas não os deixar falar. (Eles precisam é ouvir, como se fossem um ditafone. Assim eles podem lembrar você de algo que lhe tenha escapado.)

5. Agradecer a seus subordinados, mas apenas por esforços aquém da capacidade deles. “Obrigado por não faltar ao trabalho hoje.” “Bonita caligrafia no relatório.” (Aliás, você pode começar a reunião da equipe agradecendo ao estagiário por organizar seus arquivos.)

6. Marcar reuniões semanais obrigatórias que forcem metade da equipe a viajar (até você, naturalmente). Qual o propósito? Manter você atualizado sobre tudo aquilo que eles já lhe enviaram por e-mail, mas você não teve tempo de ler. (Não introduza nenhum assunto novo.)

7. Pedir a seus funcionários mais familiarizados com questões tecnológicas para deixar os projetos que estão fazendo e ir consertar seu computador em casa, preferencialmente quando só a empregada lá. O favor também pode incluir resolver problemas com os iPods de seus filhos.

8. Depois de todos terem concordado conjuntamente com os prazos estabelecidos, encurtá-los. Perguntar aos berros do corredor, às 16h59, se o relatório está pronto. Depois anunciar em alto e bom som: “Vou ficar até tarde hoje se você quiser terminá-lo agora”.

9. Marcar uma reunião “fundamental” poucos dias antes do Natal e convocar funcionários de outros países para comparecer. Aí, no dia, fazer questão de chegar atrasado. E, no final, dizer que as questões ainda pendentes podem ser resolvidas no dia 2 de janeiro.

10. Enviar e-mails às duas horas da madrugada do domingo. E classificá-los como de “alta prioridade”.

11. Não se deixar envolver pelos objetivos pessoais dos colaboradores. (Se você der apoio demais a seu desenvolvimento, eles logo o deixarão em busca de um emprego melhor. Então, isso não é uma gestão muito boa.).

Por David Silverman

Fonte: HSM Management Update 60 07/01/2009

Samsung vai elevar produção de TVs ultrafinas com tecnologia LED

Samsung Electronics revelou no final da quarta-feira uma linha de televisores ultrafinos e de consumo eficiente de energia e informou que vai aumentar a proporção de TVs que produz com a tecnologia LED.

Diante da desaceleração global e recuo nos gastos dos consumidores, a maior fabricante mundial de telas de cristal líquido (LCD) afirmou que o público ainda tem interesse em investir em entretenimento doméstico.

A nova linha de TVs de alta definição da Samsung, que têm apenas 2,54 centímetros de espessura, será a terceira geração dos televisores que usam a tecnologia de diodos emissores de luz (LED).

A empresa afirma que tais dispositivos podem reduzir o consumo de energia em 40% em relação aos modelos LCD tradicionais.

A Samsung não quis informar o preço da nova linha, mas afirmou que ela será mais cara que os modelos LED atuais.

Tim Baxter, vice-presidente executivo de vendas e marketing para a Samsung, informou que espera que a proporção de TVs LED na linha de produção da empresa seja maior que 10%.

Menos que 10% do mercado atual de TVs é LED, afirmou o executivo, evitando ser específico.

A nova linha de televisores terá uma taxa de renovação da imagem de 240 hertz, mais que quatro vezes a velocidade de outras TVs de alta definição.

A companhia revelou ainda na CES, feira de tecnologia que acontece em Las Vegas, uma câmera de vídeo de alta definição com drive de armazenagem de 64 gigabytes.

Fonte: Reuters

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A azeitona da empada e a crise imaginária

Nesses dias incertos em que vivemos os efeitos das duas crises, a real e a imaginária, convém relembrar uma parábola muito sugestiva:

Conta-se que o filho de um humilde empresário, que sempre prosperou vendendo salgadinhos na rua, foi mandado pelo pai aos Estados Unidos para fazer um MBA numa das melhores universidades daquele país. Motivo de orgulho para o pai, que mal teve a chance de completar o curso primário, o filho retornou dois anos depois, com o canudo debaixo do braço e usando palavras que o pai mal conseguia compreender, mas que provavam que valera a pena todo o sacrifício. Ele logo pediu o balanço da empresa. Queria dar uma olhada nos negócios.

O filho, então, passou a falar de uma certa crise que estaria sendo muito comentada, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Crise que o pai ainda não tinha sequer ouvido falar. Pudera: não tinha o hábito de ler jornais e revistas, não assistia aos noticiários da TV, só trabalhava duro e pensava em investir cada vez mais no seu bom negócio, que, aliás, nunca estivera tão bem.

“O quê?”, disse o filho, “o senhor deve estar maluco! Não demora muito e a crise vai chegar. Mais alguns meses e todos estarão falidos. Precisamos tomar providências urgentes, principalmente agora, que as finanças estão em ordem, os clientes nunca estiveram tão felizes e nunca tivemos tanto lucro. Não demora muito e tudo isso vai acabar”.

Assustado, o pai quis saber o que poderia ser feito. E rapidamente! “Vamos analisar os produtos da empresa”, disse o filho, “e, depois, pensar numa forma de conter os custos, otimizando o faturamento a curto e médio prazo”.

Combinaram que iriam diminuir em 50% o número de carrinhos que vendiam salgados na rua, cortando os funcionários –promovendo um headcount, como gostava de dizer. Aumentariam o preço dos produtos mais vendidos, de forma que o faturamento não caísse tanto com as vendas menores, já que a produção seria cortada pela metade. Aquele negócio de colocar duas azeitonas de cores diferentes na empada, que fazia tanto sucesso e era uma das marcas registradas da empresa, teria que acabar. Em momentos de crise, não há mais espaço para excentricidades.

O pai agradeceu, emocionado. O que seria dele sem aqueles conselhos?

Poucos meses após a implementação das medidas, o negócio começou a fracassar, graças à crise que, enfim, havia chegado de vez, como o filho havia anunciado. Os clientes foram desaparecendo, os custo aumentaram e logo não tiveram outra saída a não ser vender a empresa.

Hoje, quando lembram daqueles dias difíceis, o pai olha para o diploma do filho pendurado na parede e diz: não fossem os conselhos do meu filho, não teríamos sequer vendido a empresa a tempo de recuperar parte do capital investido.

Crise real é o que resta, quando separamos grande parte daquilo que, por alguma razão, acrescentamos aos fatos, por conta da nossa imaginação. Fizéssemos o exercício de subtrair o que realmente importa, boa parte das consequências da crise anunciada seria minimizada. Nossa mente é muito fértil quando a palavra “crise” começa a ser pronunciada pelos quatro cantos. Eu e você conhecemos muita gente que trabalha o tempo todo com a hipótese do desastre iminente. Pior: suas decisões passam a ser baseadas nisso.

O mais grave é que, no final, poucos conseguem tirar lições úteis daquilo que vivenciaram a duras penas. Diferente dos chineses que, culturalmente, entendem crise como paradigma de oportunidade e de mudança, nós a compreendemos como castigo e consequência de decisões erradas do passado, ou seja, nunca temos muito a ver com ela.

Em média, a cada 10 anos temos uma nova grande crise no mundo. Houve a crise de 88, a de 98 e essa agora. A continuar assim, em 2029 estaremos comemorando o centenário da derrocada da Bolsa de Nova York em meio a uma nova crise.

Alguns executivos e empresários procuram pensar de maneira independente, mediante os fatos reais, antes de tomar alguma decisão maior. O tipo de conhecimento que executivos e empresários necessitam nesse momento não se resume apenas à experiência na condução de empresas em crise. Precisam, também, de alguém que os provoque para que possam olhar a realidade com novos olhos, levando em consideração o seu potencial e a sua capacidade de pensar e agir com as próprias ideias, separando o real do imaginário.

O paradigma do corte de pessoal para cortar despesas sempre vem à tona nessas ocasiões. As empresas sempre têm alguma gordura para queimar, independentemente de haver ou não alguma crise. Isso é fruto da falta de planejamento de pessoal e de estratégia de longo prazo. O conhecido “facão”, porém, dizima cabeças de forma indiscriminada. Tiram a gordura, os músculos e os nervos até que o osso comece a aparecer. O cérebro apaga e, enquanto os números no final da planilha não mostrarem um verde diferente, ninguém se dá por contente. Grande parte dos dirigentes se esquece da maneira como pensavam poucos meses antes.

A empresa começa a ruir quando seus valores e crenças, de repente, não mais conseguem exercer nenhuma influência sobre suas decisões, as quais são baseadas tão somente em números e naquilo que o mercado financeiro diz. E esse mercado, todos já devem ter notado, diz uma coisa diferente a cada dia!

Como dizia o Psicanalista Carl Gustav Jung, “Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda”.

Gilberto de Moraes - É psicólogo, coach e professor de Administração de Recursos Humanos e Psicologia.

Fonte: HSM Management - Site Oficial

Entrevista: Santiago Alvarez de Mon - Vantagens da Empresa Familiar


O estudioso Santiago Álvarez de Mon, professor da IESE Business School, fala sobre as vantagens da empresa familiar e os requisitos para que tenha sucesso e longevidade, contribuindo para a sociedade na qual se insere.


Diz-se que uma família proporciona aos seus membros, nesta ordem, segurança, liberdade e felicidade. Como isso influencia uma família que controla uma empresa? Como pode afetar o funcionamento da empresa familiar?

Concordo com esta afirmação e acho que tem grande aplicação no âmbito da empresa familiar. Para crescer, é preciso ter raízes sólidas e confiança na sua gente. Isso é o que permite exercer a liberdade de forma responsável. É o que acontece com uma pipa, que não pode voar se não tiver uma base firme. Mas é necessário entender isto em sua justa medida. Há famílias que fazem da segurança seu valor central e acabam por se tornar claustrofóbicas. Outras defendem uma interpretação superficial de liberdade e desembocam em uma autêntica diáspora. A segurança ganha valor quando ela não existe e a liberdade pode voltar-se contra alguém que abuse dela. Esses casos são deformações do conceito de família. Se não se deteriorar, a empresa familiar oferece um ambiente sadio, com raízes comuns e sonhos compartilhados, contando, além disso, com o esforço e o talento de profissionais. Esse é o ideal. Mas nem sempre é assim. Às vezes, os profissionais sofrem porque o sobrenome tem primazia sobre o profissionalismo.


Onde, em sua opinião, está a segurança do indivíduo?

A segurança reside no interior e só é conseguida quando se alcança a maturidade intelectual, emocional e espiritual. Falamos de segurança, que não deve ser confundida com prepotência. Para obter a felicidade, é preciso descobrir seu talento e trabalhá-lo sobre a base do esforço, constância e disciplina. Isso dá à pessoa tranqüilidade, serenidade, um pouco de segurança pessoal. Trata-se de uma relação recíproca: se confio em mim, também confio no outro. Isso se vê com muita clareza se pensarmos na auto-estima. O amor dos outros membros da família –irmãos, mãe, pai– ajuda você a se aceitar como é e, a partir daí, a crescer e a melhorar. Esta é uma vantagem da empresa familiar, acreditar que seus objetivos valem à pena, ter vontade de permanecer ao longo de gerações e lutar por objetivos que vão além do econômico. Se é uma empresa familiar com vínculos, deve ser uma instituição sadia. Quero dizer com isso que, para ser uma instituição sadia, os vínculos estabelecidos entre seus membros também devem ser sadios. E, para isso, devem existir alguns valores comuns: justiça, liberdade, portas abertas... Este último ponto é essencial: deve ser uma instituição aberta, na qual cada um possa encontrar seu lugar, tanto no nível profissional como no moral, e assim contribuir para a comunidade. Um grupo coeso, mas fechado em si mesmo, não pode contribuir para a sociedade na qual está integrado.


Que papel têm a liberdade e a segurança na hora de obter a felicidade?

Têm papel fundamental. A felicidade é uma conseqüência da forma de estar, viajar, aprender, viver. Não deve ser entendida como uma meta em si mesma. É uma senhorita caprichosa, que às vezes vem, logo vai embora, vem outra vez... Neste contraste, aprendemos a valorizá-la, da mesma forma como valorizamos o Sol, por exemplo, porque conhecemos as nuvens. A receita da felicidade tem muitos ingredientes. Um deles, básico, é a liberdade, não entendida como a licença para se fazer o que quiser, mas como a capacidade de comprometer-se com um projeto ou causa que valha à pena.


Sobre o entrevistadoSantiago Álvarez de Mon é professor de Gestão de Pessoas nas Organizações da IESE Business School, Ph.D. em Ciência Política e Sociologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca, MBA pela IESE Business School e graduado em Direito pela Universidade Complutense de Madri.


Sobre o IESEO IESE é a escola de negócios da Universidade de Navarra, na Espanha. No Brasil, ministra o Program for Management Development (PMD) e o Advanced Management Program (AMP) em associação com o Instituto Superior da Empresa (ISE), de São Paulo.


Fonte: HSM Management - Site Oficial

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

HP mostra novo netbook e computadores ultraleves

A Hewlett-Packard está mostrando uma série de novos computadores cujo foco é o controle de custos. Entre os novos produtos está um novo netbook dirigido a profissionais liberais, um par de notebooks ultraleves e um computador multimídia voltado a videogames.

Os produtos foram anunciados na terça-feira, antes da abertura da Consumer Electronics Show, que começa quinta-feira em Las Vegas.

As novas ofertas da HP estão mantendo a tendência vista em todo o mundo dos computadores pessoais, de busca de produtos menores e de custo mais acessível.

Ainda que as vendas mundiais de computadores pessoais estejam em queda, a HP, maior fabricante mundial de computadores, até o momento suportou a desaceleração melhor do que alguns de seus rivais. Os negócios diversificados do grupo oferecem certo isolamento quanto ao corte nos gastos das empresas e consumidores com tecnologia.

O novo netbook da HP, o Mini 2140, de 499 dólares, tem tela de 10,1 polegadas e um teclado cujo tamanho equivale a 92% de um modelo de tamanho normal.

O 2140 pesa 1,2 quilo e sua bateria permite quatro horas de operação contínua. Ele é acionado pelo processador Intel Atom, de baixo consumo de energia.

A HP demorou a se envolver com o fenômeno dos netbooks, dominado pela Acer e Asustek. Mike Hockey, porta-voz da empresa, deixou claro que a HP vê o novo modelo ultraportátil como um "segundo" computador, e não como substituto das máquinas maiores.

Existe muita preocupação no setor quanto à possibilidade de que os netbooks pressionem as margens de lucros e roubem vendas de outros segmentos de computadores.

A HP também aproveitará a CES para lançar um par de novos laptops ultraleves, área que vem atraindo mais atenção dos fabricantes de computadores. Os novos modelos custarão menos que o MacBook Air, vendido pela Apple a 1.799 dólares, mas serão mais pesados.

A HP também anunciou um novo computador multimídia e para jogos, o Firebird, com preço inicial de 1.800 dólares e equipado com processador Intel Core 2 Quad e duas placas gráficas Nvidia GeForce.


Fonte: Reuters - HSM Management - Site Oficial

5 perguntas a Seth Godin


Autor de alguns dos livros de marketing mais vendidos da última década –Meatball Sundae (ed. Penguin Books), O Futuro Não é Mais o Mesmo e Todo Marqueteiro é Mentiroso! (ambos, ed. Campus/Elsevier)–, Seth Godin explica a seguir por que o mercado atual “castiga a média” e como chegar com eficácia ao “consumidor pós-consumo”


Você escreveu que estamos na era do “pós-consumo”. O que isso significa?

Nos últimos anos ficou claro que temos mais coisas do que necessitamos e que não temos tempo de desfrutá-las. Esse é o dilema do consumidor “pós-consumo”. Portanto, ele precisa, realmente, é de ajuda para aproveitar melhor o que já tem.


Em 2002, você afirmou que ser “uma vaca púrpura” ou “roxa” (quer dizer, diferenciar-se em seu setor) era o requisito para qualquer empresa que aspirasse ao sucesso. Produtos e serviços vêm comprovando isso?

Isso é expressão de um fato: se uma empresa quer crescer, tem de fazer alguma coisa sobre a qual as pessoas estejam dispostas a falar, porque a atenção já não pode ser comprada. As pessoas só prestam atenção em quem as conquista.


Qual é o melhor modo de ter a atenção dos consumidores?

Primeiro, as empresas têm de ir “até os extremos” para encontrar um pequeno grupo de pessoas interessadas naquilo que vendem. Segundo, é preciso tratar as pessoas com respeito. Falando por experiência própria, essa combinação gera resultados sobre os quais as pessoas decidem falar. Por fim, para vender é preciso descobrir quem está escutando e criar grandes histórias que essas pessoas queiram divulgar para os outros.


Que características deve conter uma grande história?

Antes de qualquer coisa, uma grande história tem de ser verdadeira, coerente e autêntica. Além disso, deve trazer implícita a promessa de diversão, dinheiro, segurança. Também deve ser confiável. E ninguém terá sucesso contando uma história a não ser que já tenha conquistado de antemão a credibilidade do consumidor. As grandes histórias também são sutis: quanto menos dizem explicitamente, mais poderosas se tornam. É muito mais eficaz permitir que o consumidor tire suas próprias conclusões. As grandes histórias não só apelam para a lógica, como também para nossos sentidos –e raras vezes se dirigem a todo mundo. Se uma empresa amplia a abrangência de sua história para atrair vários públicos, acabará não atraindo ninguém. As melhores histórias não ensinam nada de novo, mas coincidem com a perspectiva do mundo e as crenças de um pequeno grupo, que se encarregará de difundi-las.


Você observou que o mercado atual “castiga a média”, como mostraria o fato de o Google, nas buscas, identificar apenas “a zona excepcional onde está o maior valor”. Quais são as conseqüências desse fenômeno para os negócios?

Se uma empresa ainda faz marketing de massa, ela procura chegar ao consumidor médio com produtos médios. O problema disso reside no fato de que as pessoas dispostas a prestar atenção estão nos extremos: são as insatisfeitas e não querem a média. Daí que nenhuma empresa média –quer dizer, que não se destaque– terá facilidade para crescer.


© Rotman Magazine - Entrevista a K. Christensen


Fonte: HSM Management - Site Oficial