terça-feira, 29 de julho de 2008

Preocupação com situação financeira de funcionário chega à pequena empresa

SÃO PAULO - Há oito anos, a proprietária da indústria metalúrgica Alboss, Martha Christina Bosso, teve uma idéia: oferecer aos funcionários ajuda para quitar dívidas. Hoje, são mais de 171 casos resolvidos e R$ 81 mil negociados. Com a iniciativa, a empresa passa a ser exemplo de que a preocupação com as finanças dos funcionários já chegou às pequenas e médias empresas.

De acordo com Martha, o intuito do Programa de Recursos ao Funcionário (PRF) é resgatar a dignidade do colaborador, uma vez que a maioria dos profissionais contratados pela empresa costuma estar fora do mercado de trabalho há algum tempo e, então, é comum que estejam com dívidas.

A empresa negocia a dívida, com menor custo, à vista, e depois realiza desconto em folha de pagamento ao funcionário. "Os descontos vão de R$ 30 a R$ 150. O funcionário é quem diz como fica melhor para ele. Só pedimos que o empréstimo seja saldado no mesmo ano", afirmou Martha.

Medida reconhecida
A atitude da empresa foi reconhecida pelos avaliadores da II Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental e será apresentada durante evento que demonstra como é possível atuar de maneira responsável, independentemente do tamanho da empresa.

O conceito de responsabilidade socioambiental está ligado a um processo de ganha-ganha: se, por um lado, o funcionário passa a ter uma melhor qualidade de vida, sem preocupação com as dívidas, por outro, seu desempenho no trabalho melhora e, conseqüentemente, a empresa passa a ganhar em baixa rotatividade.

Questionada sobre o motivo da escolha da empresa, a diretora titular do Comitê de Responsabilidade Socioambiental da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Eliane Belfort, disse que é porque esta medida marca a chegada da preocupação financeira nas pequenas e médias empresas.

"Grandes empresas já fazem isso, mas as pequenas não. São ações em que todos podem se espelhar", afirmou Eliane, que também é vice-presidente do Conselho de Responsabilidade Social da Fiesp.

Não basta quitar a dívida
Eliane acredita que a questão financeira está relacionada com qualidade de vida. "A gente vem trabalhando em vários setores que promovem a qualidade de vida no trabalho. Acreditamos que, os colaboradores, para produzirem com qualidade, têm que ter qualidade de vida e um dos vetores para isso é a tranqüilidade financeira".

Ela ressalta, porém, que apenas quitar a dívida do funcionário não basta. "É importante, mas é paliativo (tem eficácia momentânea). O importante é trabalhar com a educação financeira, também com a família", explicou a diretora.

É preciso, acima de tudo, ensinar ao funcionário como trabalhar com o dinheiro. Ela explicou que, até um tempo atrás, o brasileiro não tinha tanto crédito em abundância, mas agora tem e precisa estar preparado para isso.

Por: Flávia Furlan Nunes
29/07/08 - 10h41
InfoMoney

segunda-feira, 28 de julho de 2008

"Tudo ia bem, até que a empresa fechou..."

Por que as empresas que sobrevivem ao período crítico podem encerrar suas atividades?
Por Luiz Fernando Garcia - HSM

"A empresa já tem mais de cinco anos. Sobreviveu aos períodos mais críticos. Agora, a coisa pode decolar". Esse pode ser o pensamento do grupo que dirige uma empresa que parece ir bem, deixou de ser criança e entrou na adolescência, mas algumas atitudes podem mudar o rumo das coisas e mudar o que parecia ser um caminho de sucesso, tornando-o um pesadelo que pode culminar com o encerramento das atividades da organização.

Em cada estágio da vida de uma empresa há problemas. Alguns são remanescentes de períodos anteriores, outros são a ponta do iceberg de estágios futuros. Porém, um negócio está doente quando os problemas futuros são menos importantes do que aqueles não resolvidos do passado. Se esses fantasmas ficam arrastando a organização para trás, acabam por retardar a evolução global da empresa.

O nascimento de uma organização é tradicionalmente marcado por alguns sintomas. Os negócios são impulsionados pelas oportunidades, por isso há poucos sistemas e normas e o desempenho é inconsciente. A empresa é vulnerável e um problema pode se tornar uma crise sem aviso prévio. É gerenciada através de crises. Há pouca delegação. O compromisso do fundador é freqüentemente posto à prova, e é crucial para a sobrevivência. Precisa constantemente de infusão de dinheiro, e do compromisso do fundador, pois, caso contrário, pode morrer. Aliás, esses são dois fatores mais críticos capazes de provocar problemas patológicos numa organização considerada "criança", ou seja, com menos de cinco anos de idade.

Realmente é um alívio vencer essa etapa que normalmente acontece após esse período de vida da organização, mas seus colaboradores e fundadores precisam estar atentos aos novos sintomas que certamente marcam a fase da adolescência da empresa e é saudável que isso aconteça. Em condições normais, passados os cinco primeiros anos de uma empresa, ela renasce longe de seu fundador. É um nascimento emocional. Sob muitos aspectos, é como um adolescente tentando estabelecer sua independência. Esse renascimento é mais doloroso e prolongado que o nascimento físico da infância.

Os comportamentos mais comuns nessa fase adolescente são os conflitos como, por exemplo, uma mentalidade do tipo "nós contra eles", dos jovens contra a velha guarda. Além de inconsistência nas metas organizacionais e nos sistemas de remuneração e incentivo. Há muitas reuniões improdutivas e é comum gerentes empreendedores deixarem a organização, provocando o seu fim. Por que a transição é tão difícil? Há três motivos principais: delegação de autoridade; mudança de liderança e transposição de metas.

No entanto, uma empresa adolescente está dentro dos parâmetros de normalidade quando há conflito entre os sócios, administradores ou empreendedores. Quando há perda temporária de visão. Quando seu fundador aceita soberania organizacional. Caso o sistema de incentivo recompense atitudes erradas. Se a delegação de autoridade é do tipo "iô-iô" ou ainda as diretrizes são formuladas, mas não, seguidas.

Porém, a adolescente está doente quando volta ao estágio "toca-toca", aquele em que vai apresentando o resultado conforme a necessidade aparece. Quando seus empreendedores partem e seus administradores assumem o comando. Também quando seu fundador é "expulso" ou as pessoas passam a receber gratificações por seu desempenho individual enquanto a empresa está perdendo dinheiro. Quando há uma paralisia em seu caminhar, enquanto o poder fica passando de mão em mão. E por fim, quando o conselho demite as pessoas empreendedoras e a empresa deixa de ser inovadora.

A identificação do estágio é o primeiro passo rumo ao crescimento. A questão chave é saber aceitar que em cada momento sempre haverá problemas e ter o compromisso de vencer. Manter uma postura contrária pode significar o decreto final das atividades.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pós-graduação em pesquisa de mercado encerra suas inscrições no dia 30 de julho

Promovido pela ESPM e IBOPE, o curso tem ênfase em gestão da informação e orientação mercadológica

A pós-graduação “Pesquisa de Mercado, Mídia e Opinião com ênfase em Gestão da Informação” teve seu prazo de inscrição estendido para o dia 30 de julho. Parceria entre o IBOPE e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o curso forma especialistas desde 2003 e é o único na área da educação.

A pós-graduação orienta profissionais nas tomadas de decisões baseadas na análise de dados e tem forte orientação mercadológica. As aulas têm início previsto para o dia 04 de agosto e acontecem às terças e quintas-feiras, das 19h30 às 22h40. O curso tem duração de 15 meses e carga horária de 360 horas.

O ambiente globalizado de negócios, a pesquisa qualitativa, a gestão da informação e as novas estratégias empresariais são alguns dos assuntos abordados no curso, que é conduzido pelos executivos do IBOPE e por professores da ESPM. Os executivos do IBOPE são responsáveis por módulos específicos como introdução à pesquisa, planejamento e interpretação dos resultados, investigação do comportamento, gestão do risco e análise multivariada.

Para pleitear uma vaga na pós-graduação “Pesquisa de Mercado, Mídia e Opinião com ênfase em Gestão da Informação” é necessário apresentar diploma de conclusão de curso superior, currículo profissional e submeter-se a uma entrevista de avaliação. A formação é indicada para profissionais que atuam em veículos de comunicação, agências de propaganda, institutos de pesquisa de mercado, consultorias, associações de classe e empresas de comércio e serviço, entre outros.Mais informações no site www.espm.br ou pelo telefone (11) 5081.8225.