quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cresce interesse em viajar


Uma série de estudos globais conduzidos pela rede norteamericana CNN para entender a percepção e o comportamento de compra dos espectadores/internautas, em uma determinada categoria de mercados, os OCS (Online Consumer Surveys ou Pesquisas Online de Consumo) se focaram este ano no tema "Viagem e Turismo".

O principal dado obtido na pesquisa foi a revelação de que, em comparação ao mesmo período do ano passado, um número maior de diretores de empresas e formadores de opinião no meio corporativo estão dispostos a viajar por prazer nos próximos 12 meses.

A OCS "Viagem e Turismo" é a oitava desta série de pesquisas - conduzidas em todos os websites da CNN International falados em inglês. A amostra foi formada por mais de 5.000 participantes de todo o mundo, que responderam entre os meses de novembro e dezembro de 2008.

"O que é interessante sobre estes resultados é que eles sugerem que a indústria de Viagem & Turismo é um dos setores mais resistentes em se tratando de crise econômica", diz Gretchen Colon, vice-presidente sênior de vendas publicitárias da TBS Latin America, que complementa: "Embora haja alguma dúvida sobre como os participantes possam financiar suas viagens ao longo dos próximos doze meses, eles não manifestaram interesse em cancelar no meio do caminho e, na verdade, metade da elite dos negócios não mudará seus planos. E o mais importante é que não se trata de algo a respeito do preço - a marca importa, assim como a diversidade que o destino da viagem tem a oferecer".

Confira abaixo alguns dados da pesquisa:

> No geral, a pesquisa mostra que mais pessoas viajarão por prazer nos próximos 12 meses em comparação com o ano passado - mas farão menos viagens. A porcentagem de entrevistados que afirmaram ter intenção de realizar apenas 1-2 viagens de lazer por ano aumentou de 40% para 54%.

> 40% dos entrevistados estão realizando ajustes devido às pressões financeiras, reduzindo o número de viagens (19%), mudando seus destinos (12%) ou uma combinação de ambos (9%). Estas pessoas tendem a ter famílias, com uma renda familiar menor e sendo provenientes da América do Norte e da Ásia.

> O gasto médio por viagem, de acordo com a pesquisa, é de R$ 8.330.

> 71% dos viajantes globais da audiência voam grandes distâncias buscando diversão. As viagens dos entrevistados duram uma média de 14 dias por ano e eles costumam viajar três vezes ao ano, em média.

> 76% dos entrevistados afirmaram gastar mais de R$ 2.201 em sua última viagem.
> 40% dos entrevistados afirmam que seus planos de lazer não serão afetados pela recessão. A maior parte das pessoas que deram esta resposta ocupa cargos de gerência sênior, têm altos rendimentos e vivem na Europa.

> 67% das pessoas que viajam a negócios gostam de visitar atrações turísticas durante estas viagens - se considerarem o destino interessante o suficiente.

> A reputação da marca fica acima de horário e rota de voo, serviço e milhagem na escolha de uma companhia aérea.

> 83% das pessoas que viajam a negócios influenciam a escolha de companhias aéreas e hotéis quando se trata de uma viagem corporativa.

> 40% daqueles que viajam a trabalho voam na classe executiva ou na primeira classe, viajam em média cinco vezes a cada ano e ficam fora de suas cidades durante uma média de 19 dias por ano.

Fonte: CNN Worldwide

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Princípio da Retomada


A mídia tem se queixado deste abril, julgando erroneamente que a crise entrou no movimento stop and go: enquanto março foi bom para a maioria dos meios, abril está sendo ruim.


Há que se considerar quanto ao fato o prejuízo causado pelos feriadões à publicidade. Eles impedem a continuidade de qualquer planejamento de vendas e arrefecem o recall das marcas e ofertas na memória do consumidor. O anunciante sabe disso e anuncia menos.


Com os fins de semana prejudicados (eles formam o grosso do faturamento mensal dos veículos), a produção do mês deixa a desejar, provocando falsa percepção de que a crise recrudesceu.
Sabemos (e experimentamos todos) que o momento ainda é difícil, mas já se vislumbra o princípio da retomada.


O leitor assíduo das opiniões dos experts econômicos tem percebido uma convergência muito recente nas suas previsões. Se antes elas se conflitavam até quanto ao início, meio e fim da ressaca, com os mais pessimistas garantindo que o pior ainda estaria por vir, agora nota-se na maioria deles manifestações de retomada.


As divergências passam a ser sobre o momento em que voltaremos à normalidade e com qual intensidade se desenvolverá o percurso.


No mercado publicitário, os mais atrevidos (e vencedores) ousam estabelecer o início do segundo semestre como o ponto de retorno, acreditando que o volume de trabalho a partir daí será intenso, propiciando uma recuperação que produzirá, por sua vez, um crescimento médio do ano em torno de 8% em comparação com 2008.


Para quem até outro dia já se contentava com um empate, para logo em seguida comemorar previsões de um crescimento moderado (não mais que 3%), o cenário torna-se auspicioso.


O que se recomenda diante disso é prosseguir com cautela, tomando-se o cuidado, porém, de não exagerar na dose: um pouco menos de pé no freio e um pouco mais no acelerador, é o que deve ser feito a partir de agora, apostando na impossibilidade de revertério desse quadro descrito.


Se o mês de abril, com os seus feriadões, fez a mídia sofrer, maio – apesar de se iniciar em um deles – tem tudo para compensar as atuais perdas, inclusive o chamado segundo Natal do ano, que é o Dia das Mães, com muitos anunciantes já em ação visando à data.


Olhando um pouco mais adiante, o encerramento do semestre promete outro mês de boas verbas, com o Dia dos Namorados bombando o movimento do varejo.


A partir daí, o mundo começa a viver outro momento, com os problemas iniciais da crise mais distantes e muitos deles amortecidos.


O Brasil voltará então a ser beneficiado pelo lado de fora das fronteiras, aliviando sua enorme momentânea dependência do mercado interno.


Não se trata de nenhum conto de fadas com final feliz, como nos velhos tempos.Basta olharmos para trás e verificar que já passamos, em todos os tempos, por situações semelhantes e invariavelmente a curto prazo nos safamos.


Não será diferente desta vez.

Fonte: PropMark (http://www.propmark.com.br/)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Publicidade para crianças


Que tal criar, produzir e veicular anúncios voltados para o público infantil, em que os argumentos de venda das marcas valorizem e estimulem a amizade, a urbanidade, a honestidade, a justiça, a generosidade e o respeito às pessoas, aos animais e ao meio ambiente?


Que tal criar, produzir e veicular anúncios voltados para o público infantil, em que os argumentos de vendas das marcas contribuam para o desenvolvimento positivo das relações entre pais e filhos e alunos e professores?


É simples: basta ler e seguir o que está escrito no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. Está tudo lá, com absoluta clareza. Só não vê quem não quer, seja porque não quer seguir as recomendações do código, seja porque não quer ver no código recursos suficientes para a proteção da criança frente à publicidade.


É preciso deixar claro que não existe incompatibilidade entre publicidade e infância. A publicidade é como toda a mensagem que chega à criança, em casa, na rua, na escola, na casa dos amigos... Pode ser boa e pode ser má. Ninguém consegue controlar tudo o que uma criança vê e ouve o tempo todo. A melhor proteção da criança, portanto, é a qualidade da sua educação.


Quem cria e produz publicidade tem tempo para avaliar a qualidade da mensagem que estará veiculando. Isso é uma vantagem para a publicidade no processo de educação da criança, pois ela pode ser pensada com antecedência e constituir uma mensagem positiva. Inclusive, como contraponto às tantas mensagens sem nenhum tipo de critério a que a criança está exposta o tempo todo, inclusive em sua própria casa.


A melhor resposta àqueles que elegeram a publicidade como “inimiga” da criança e que trabalham para proibi-la é demonstrar que a publicidade, pelo contrário, é necessária, em todo seu potencial de eficácia, para a sua melhor formação. As crianças não crescem para viver enclausuradas, em redomas de vidro ou internadas em conventos.


Por isso, é preciso tomar cuidado, sim, mas é com as mensagens de padrão “oficial”, incompatíveis com a linguagem que a criança adota na vida em grupo, ou por métodos saturados de um academicismo viciado e incompatível com a vida real, e que, muitas vezes, tratam as crianças como mentalmente deficientes. É preciso que nos utilizemos dos recursos criativos da publicidade para que mensagens de qualidade ética cheguem, eficientemente, às crianças e contribuam positivamente com seu desenvolvimento psicológico e intelectual.
Sem caretice, sem sectarismo, sem dogmatismo cego, é possível reunir os interesses da sociedade com os interesses comerciais das marcas. A publicidade tem o conhecimento, a experiência e o ferramental para comunicar-se melhor.


Por isso, estabelece uma empatia maior com a sociedade. A pergunta é: por que proibir aquilo que pode ser útil nos objetivos de educar e orientar as crianças? Quem disse que esses objetivos são necessariamente inconciliáveis com os interesses das marcas?


A adoção de conceitos de marketing focados na preservação do meio ambiente, por exemplo, deu-se naturalmente na vida das empresas. Ninguém precisou proibir nem censurar nada. Os anunciantes não são idiotas. Seu marketing tende para onde tende a opinião pública. É simples: quem quer vender precisa ser aceito.


A publicidade anda na esteira do comportamento da sociedade. Já temos mecanismos suficientes em vigor para proteger o consumidor. Há pouco tempo, o Ministério Público de São Paulo entrou com recurso no Conar, pedindo a suspensão de anúncio da Petrobras que enaltecia os cuidados da empresa com o meio ambiente.


O motivo era o fato da Petrobras comercializar um óleo tido como poluente. É necessária demonstração maior do exercício da democracia? Não há necessidade de se proibir nada, basta fazer valer código em vigor.


Portanto, vamos fazer publicidade para crianças, sim! Vamos criar, entre elas, empatia com as nossas marcas, sim! Mas vamos usar o mecanismo poderoso da comunicação de marketing para associar nossas marcas às suas melhores atitudes. Isso vai ser bom para todos e, o que é muito importante, vai desarmar os espíritos com vocação para o autoritarismo e para a tutela da sociedade.


É preciso demonstrar claramente que a alternativa à pior liberdade não é a melhor censura. Mas o compromisso de todos com o bom senso.


Fonte: PropMark (
http://www.propmark.com.br/)