
Uma das grandes reflexões da atual crise financeira mundial é sobre o descontrole no consumo. Finalmente, os consumidores estão, aos poucos, reavaliando os seus gastos. Isso faz com que a impulsividade, chamada de consumismo, fique mais controlada. E pesquisas já começam a mostrar esse novo comportamento.
O dado mais expressivo vem dos setores de vestuário, calçados e acessórios: 52% da população mundial reduziram os seus gastos. As pessoas também diminuíram em 48% as compras com móveis, eletrodomésticos e despesas com restaurantes e cinema, entre outros itens de entretenimento.
Todos esses dados são da pesquisa intitulada “Crise no Mundo”, realizada pelo IBOPE Inteligência em parceria com a rede global de pesquisas WIN - Worldwide Independent Network of Market Research. Em sua segunda edição (a primeira foi realizada em novembro e dezembro de 2008), foram ouvidas 20.325 pessoas em 25 países, entre fevereiro e março.
Na percepção de 49% entrevistados, a situação de seus países ficará pior nos próximos três meses. Perto da metade (45%) do total de respondentes acredita que sua renda vai permanecer a mesma, 25% acreditam que a mesma aumentará, enquanto apenas 24% acreditam que vai diminuir. Segundo os organizadores da pesquisa, isso ser considerado otimista em tempos de crise financeira.
Outro reflexo dessa situação atual é a queda na confiança nas instituições financeiras. Os japoneses e europeus são os mais desconfiados. Lembrando que, foram essas regiões, incluindo os EUA, que mais sofreram impacto em suas economias. Por outro lado, Brasil, Índia, China e Oriente Médio seguem na direção oposta apresentam uma percepção mais confiante.
No Brasil
O país é um dos mais otimistas em vários aspectos. Na pesquisa, 46% dos brasileiros declaram acreditar que a situação do país ficará inalterada em meio à crise mundial.
Nem por isso a população continuará elevando os seus gastos. Os resultados mostram que os brasileiros também seguem a tendência mundial de redução de custos priorizando vestuário, móveis e eletrodomésticos. Porém, com menor parcela da população fazendo cortes. O destaque fica por conta da telefonia celular, pois 37% dos brasileiros declaram já ter reduzido gastos com esse item, contra 32% da média mundial.
Para finalizar, a confiança no governo brasileiro é maior entre os mais pobres. Essa percepção aumenta ainda mais na população das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Há queda, entretanto, na confiança no governo em todos perfis, com maior intensidade entre aqueles de menor renda e pessoas acima de 30 anos.
Fonte: IBOPE Inteligência
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