segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Mercado percebe no mobile um canal estratégico

O ano de 2008 foi extremamente positivo para o mobile marketing no Brasil. Esse novo importante canal de comunicação cresceu, ganhou maior atenção do mercado e deverá conquistar ainda mais adeptos em 2009. Depois da chegada da tecnologia 3G e do iPhone ao País, acompanhamos a evolução do número de marcas que passaram a usar essa ferramenta como um canal estratégico de comunicação com seu público. Ainda nada que se compare aos países líderes do segmento, que geram bilhões de dólares em receita com esse serviço anualmente. É o caso dos EUA (US$ 36 bi), Japão (US$ 16 bi), China (US$ 14 bi), Reino Unido (US$ 8 bi) e Itália (US$ 7,5 bi).

Com 147 milhões de celulares habilitados, os brasileiros terminaram o ano com um aumento significativo na utilização dos serviços de dados em todos os seus formatos, além do bem difundido SMS. Segundo pesquisa da Nielsen, 61% da população utilizou SMS constantemente em 2008. No ano anterior, eram 51%, de acordo com estudo similar da NIC.br. Da mesma forma, consultas às contas de e-mail e bancária, acesso à internet móvel e downloads de conteúdo estão fazendo cada vez mais parte do dia-a-dia de todos nós.

Logicamente que a chegada das novas tecnologias (3G e iPhone) é o principal fator para esse progresso. Prova disso são os dados do Terra sobre seu conteúdo de notícias, esportes e variedades no celular. Segundo o portal, desde a chegada do iPhone no Brasil, em agosto desse ano, sua audiência deu um salto expressivo e cresceu cerca de 160%.

O mais importante é que essa curva ascendente está apenas no começo. Acabamos de completar um ano de rede 3G no Brasil e ainda estamos presenciando a adoção de funcionalidades por parte dos usuários, como câmeras mais avançadas, opções de armazenamento de conteúdo (uploads e downloads) mais simples, entre outras. Isso sem mencionar o aumento do tamanho das telas dos celulares, como é o caso do iPhone da Apple, que tornou a exploração de conteúdo e internet móvel muito mais ilustrativa.

Sendo assim, já é possível alegar que nosso mercado segue em ritmo acelerado rumo ao desenvolvimento de ações que tenham mobile como canal. É inegável que os serviços de publicidade pelo celular realizados no País devam ser, pelo menos por enquanto, mais simplificados. Entretanto, devemos estar atentos para utilização de conceitos que já fazem parte da realidade dos países europeus e dos EUA. É o caso dos jogos com publicidade (advergaming) e interações utilizando MMS. Ambas deverão ganhar mais força em 2009 aliadas à criatividade típica brasileira.

Simples ou sofisticadas, as ações de mobile marketing são abrangentes e podem envolver apenas um tipo de tecnologia ou se utilizar de muitas. O mobile marketing pode ser utilizado para gerar interatividade e qualificar a audiência. A interação gerada com o consumidor oferece às marcas um modo perfeito de enriquecer e estender de forma espontânea seu contato junto ao cliente, além de alertas e cupons promocionais que podem ser ofertados com o objetivo de aumentar o tráfego no ponto-de-venda para a geração de novos negócios.

Dessa forma, podemos mensurar o retorno sobre o investimento e permitir melhorar as taxas de desempenho das campanhas de resposta direta que venham a ser realizadas. Já é fato que o canal mobile representa uma grande oportunidade de convergência para a entrega de anúncios personalizados que veremos com mais freqüência nesse ano que está chegando.

Por Fernanda Magalhães - Diretora da Mobext, agência de mobile marketing do grupo Havas.

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